O índice de pobreza do Chile caiu em 2022 para 6,5%, segundo a Pesquisa de Caracterização Socioeconômica (Casen 2022), elaborada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Família chileno. É o menor número desde que os registros começaram em 2006, quando o índice do país estava em 28,7%.
A pesquisa Casen, feita entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023, quando mais de 200 mil pessoas foram ouvidas, coloca o Chile entre os países com as menores taxas de pobreza da América Latina.
A taxa de 6,5% corresponde a 1,2 milhão de pessoas. Destas, 2% vivem em condições extremas. Na capital, Santiago, que abrange 7 milhões dos 19 milhões de habitantes do país, o indicador foi de 4,4%.
O ministro de Desenvolvimento Social, Giorgio Jackson, afirmou que a queda do nível de pobreza no Chile é fruto de “uma recuperação da renda autônoma (ou total), o que responde a uma política de crescimento e à criação de empregos”.
Para Jackson, a mudança é fruto de políticas públicas que promoveram o crescimento nos subsídios e nas transferências diretas do Estado para os lares, em especial para os mais pobres.
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A redução da pobreza no país é uma superação do governo Boric, que enfrenta o maior aumento de inflação em três décadas (12,8%). Durante a pandemia, o país registrou um aumento de 10,7% no índice.
Edição: Patrícia de Matos