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'Futebol feminino nunca foi uma concessão das entidades, empresas ou homens', diz pesquisadora

Aira Bonfim lançou o livro Futebol Feminino no Brasil: entre festas, circos e subúrbios, uma história social (1915-1941)

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Mesmo aos 37 anos, Marta segue sendo a grande esperança da seleção brasileira - Foto: Agência Brasil

As expectativas com o desempenho da seleção feminina na Copa do Mundo deste ano são altas. Embora ainda distante do entusiasmo com a equipe masculina, é perceptível como a população está cada vez mais confiante que as mulheres podem ser as responsáveis por voltar a dar alegria no futebol que o país merece

Ao mesmo tempo, a  historiadora do esporte Aira Bonfim pondera que a seleção feminina já foi campeã, antes mesmo de entrar em campo

"Nenhuma conquista é dada. Todas elas, de alguma forma, são tensionadas o tempo inteiro. A história nos ensina isso. Essas mulheres brasileiras já conquistaram muitas coisas no futebol.”

Neste mês ela lançou o livro Futebol Feminino no Brasil: entre festas, circos e subúrbios, uma história social (1915-1941), que trata da história da modalidade entre mulheres e da conjuntura que levou à proibição em 1941, no governo de Getúlio Vargas. A obra tem produção independente e já está disponível para aquisição. 

“Desde 2015, os movimentos feministas e os movimentos de mulheres em geral do Brasil e do mundo permitiram que estivéssemos, hoje, colhendo frutos de luta. Nunca foi uma concessão das entidades esportivas, nunca foi uma concessão das empresas patrocinadoras, nunca foi nenhuma concessão masculina.”

“O futebol não nasce popular. Ele tem um histórico de lutas, inclusive de lutas masculinas. Desde as suas legislações iniciais temos interrupções, proibições, que não afetaram só as mulheres, mas homens trabalhadores braçais, homens negros. Então acho que a história das mulheres é quase que uma tradução de uma oportunidade, de uma educação que podemos ter pelo esporte.”

Festa na Maré

Nesta quinta-feira (27) o complexo da Maré - onde Marielle Franco nasceu e cresceu – celebra os 44 anos de seu nascimento com uma festa, o lançamento de um livro com sua fotobiografia e a primeira exposição do acervo do instituto que leva seu nome.  

A homenagem acontece no momento em que vieram à tona novos capítulos da investigação sobre a execução que tirou a vida da vereadora e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.  

A delação premiada do ex-policial Élcio Queiroz, que assumiu a própria participação e a de Ronnie Lessa no crime, resultou na prisão de mais uma figura: o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa. Mas não respondeu, ainda, a pergunta que reverbera há pouco mais cinco anos: quem mandou matar Marielle?  

"Hoje, mesmo que a saudade aperte muito, vamos celebrar a sua memória do jeito que ela fazia: sorrindo, com arte, cultura e muita gente em volta", postou Luyara Santos, filha de Marielle, que atualmente tem 25 anos. "Por isso que escolhemos passar esse dia ao lado de pessoas que amamos e entendem a importância desse legado", diz ela, em vídeo em que aparece no sofá, ao lado de seus avós, olhando fotos de sua mãe. 

Quilombolas

De acordo com dados do Censo 2022, 1,3 milhão de pessoas se autodeclaram quilombolas no Brasil. A imensa maioria está em territórios que até hoje não foram titulados. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27). 

Foi a primeira vez que o Censo incluiu perguntas especificamente direcionadas a esse público, definido pela pesquisa como indivíduos "com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão historicamente sofrida". 

Mais de 87% dessas pessoas, 1,16 milhão no total, estão fora das 494 das áreas destinadas oficialmente às comunidades tradicionais com origem nos quilombos. Apenas 167 mil quilombolas vivem em territórios reconhecidos, ou seja, 12,6%. 

Das 5.570 cidades em território nacional ,1.696 têm moradores e moradoras que se autoidentificam como quilombolas, o que significa 30,5% do total. 


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Edição: Lucas Weber