A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Centra Única dos Trabalhadores (CNM/CUT) prepara uma mobilização contra a alta taxa de juros e pelo impeachment do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Nos dias 1º e 2 de agosto, a categoria fará panfletagens e assembleias nas portas das fábricas, além de conversas com trabalhadores nas entradas e saídas dos turnos.
O presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, declarou que o objetivo é aumentar a pressão sobre o Banco Central pela diminuição da taxa.
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“Nós precisamos desenvolver esse país, precisamos derrubar a taxa de juros para que possamos ter uma política industrial onde exista investimento na produção e não apenas no sistema financeiro”, afirmou o presidente da CNM/CUT.
A mobilização ocorre nos mesmos dias em que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) fará mais uma reunião para definir a taxa básica de juros, a taxa Selic, que hoje está em 13,75%.
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A taxa de juros brasileira, uma das maiores do mundo, é considerada desnecessariamente alta por economistas de diferentes matizes ideológicas. Com crédito caro, as famílias não conseguem financiamento e deixam de consumir e as empresas têm dificuldade de produzir.
A secretária de Mulheres da CNM/CUT, Maria de Jesus, ressalta que as mulheres são afetadas pelos efeitos perversos da Selic alta. Ela cita como exemplos a queda no poder de compra, a dificuldade para conseguir empréstimo no banco e pagar compras parceladas, além do desemprego.
"A alta taxa de juros influencia negativamente na economia e também é uma violência financeira contra as mulheres, por isso é essencial estar engajada nessa luta”, convoca a sindicalista.
Mais mobilização contra os juros
Desde sexta-feira (28), mobilizações populares contra os juros altos ocorrem, segundo os organizadores, em pelo menos 10 estados. Representantes de comitês populares, sindicatos, movimentos e partidos realizam mutirões neste fim de semana para chamar atenção sobre a necessidade de queda na taxa.
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"Os mutirões são uma forma da militância ir para os bairros e conversar com a população sobre os problemas, apontar as soluções e propor formas de ações para defesa dos interesses do povo. Nós teremos atividades de agitação, atividades nas feiras, nas praças e nas igrejas, denunciando e mobilizando a população para fazer a luta contra as altas taxas de juros", contou Igor Felippe, da Secretaria de Articulação dos Comitês Populares.
Organizadas pelos Comitês Populares de Luta, pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, as atividades incluem colagens de cartazes, panfletagens e debates, além de mobilizações nas redes sociais.
Edição: Vivian Virissimo