Nesta quarta-feira (2), o ministro da justiça da Itália, Carlo Nordio, assinou a ordem de extradição do padre Franco Reverberi, de 85 anos. O pedido foi feito pela Argentina, devido ao envolvimento de Reverberi na ditadura militar do país entre 1976 e 1983.
O pedido de extradição já havia sido concedido em julho, pelo tribunal de Bolonha. Contudo, o padre ítalo-argentino alegou que a sua saúde o impedia de viajar. A decisão do ministro veio após especialistas comprovarem que nada impedia Reverberi de voar para a Argentina.
O padre era capelão em Mendoza na década de 80. Sobreviventes e testemunhas da ditadura o acusam de visitar celas clandestinas onde ocorriam torturas, a fim de convencer as pessoas a cooperarem com os militares.
O padre, que fugiu para Itália e se estabeleceu em Parma, região da Emilia Romagna, localizada no meio do caminho entre Bolonha e Milão, é procurado pela Justiça argentina desde 2012.
Desde 2000, quando os julgamentos tiveram início na Argentina, mais de mil pessoas já foram condenadas no país por crimes da ditadura. Estima-se que mais de 30 mil pessoas desapareceram durante o regime militar.
Edição: Rodrigo Durão Coelho