Crise migratória

Itália diz que 41 imigrantes morreram em mais um naufrágio no Mediterrâneo

Quatro sobreviventes foram encontrados à deriva e levados para Lampedusa, no sul do país

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Migrantes da Tunísia e da Líbia chegam a bordo de um barco italiano da Guarda Costeira na ilha italiana Pelagie de Lampedusa, em 1º de agosto de 2020. - Alberto PIZZOLI / AFP

Nesta quarta-feira (09), autoridades italianas informaram que ao menos 41 imigrantes morreram em um naufrágio, que ocorreu no Mediterrâneo, na semana passada.

As informações foram obtidas segundo o relato de quatro sobreviventes e confirmadas à imprensa italiana pelo promotor público local Salvatore Vella. Segundo ele, os imigrantes disseram que haviam 45 pessoas no barco, sendo três delas, crianças.

Os sobreviventes foram levados para a Ilha de Lampedusa, localizada no sul da Itália, onde devem prestar depoimento à polícia.

O grupo foi avistado por uma equipe da Sea-Watch - ONG alemã que atua no resgate de imigrantes no mediterrâneo - que prestou apoio durante o resgate. Segundo a ONG, os imigrantes disseram que eram uns dos poucos que estavam com colete salva-vidas e que ficaram à deriva no mar, sem comida e água potável por dias.

Eles ainda afirmaram que o barco partiu na manhã da última quinta-feira (3) de Sfax, na Tunísia, e afundou por causa de uma grande onda, segundo depoimento dado à agência de notícias italiana Ansa.

Considera-se que o naufrágio não seja relacionado aos outros dois que foram recentemente relatados por autoridades da Itália e Tunísia.

O governo italiano informou que resgatou 57 pessoas e dois corpos no domingo (6). No dia seguinte, a Tunísia disse que 11 corpos foram encontrados e que 44 pessoas seguem desaparecidas após naufrágio de outro barco que partiu de Sfax, também no domingo.

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho