Educação

Professores municipais de Curitiba suspendem greve após reabertura de diálogo com Prefeitura

Em resposta à mobilização expressiva do magistério, a Administração municipal recebeu o SISMMAC

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Durante toda a terça feira, 08, os professores da rede municipal de Curitiba estiveram mobilizados no primeiro dia de greve - Divulgação

 

Nesta terça-feira (8), o magistério municipal de Curitiba realizou um dia inteiro de atos políticos deflagrando o primeiro dia de greve. A pauta de reivindicação do movimento grevista pedia diálogo com a Prefeitura de Curitiba sobre o Projeto de Lei do Plano de Carreira enviado em junho pelo Executivo à Câmara Municipal. No meio da tarde, em resposta à mobilização do magistério, a Administração municipal recebeu o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal (SISMMAC) para uma reunião, visando reabrir as negociações. Com isso, os professores resolveram suspender a greve. 

Segundo o sindicato, a greve foi deflagrada justamente porque as conversas haviam sido encerradas, já que não houve acordo sobre pontos críticos da proposta. A reunião desta terça feira contou com a presença do secretário de Governo Municipal, Luiz Fernando de Souza Jamur, da secretária de Educação, Maria Sílvia Bacila e de membros das secretarias. O SISMMAC reafirmou a posição das professoras em relação aos pontos do projeto que serão prejudiciais à educação.

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Os professores destacam que o projeto de lei da Prefeitura exclui 80% e 95% da categoria em cada procedimento de crescimento horizontal e vertical (titulação), respectivamente e isso levará milhares de professoras a se aposentarem com remunerações inferiores a dois salários mínimos. Além disso, a carreira do magistério em Curitiba está congelada desde 2017 e com isso, as professoras e os professores que atuam na rede municipal de educação estão estagnados, sem conseguir progredir profissionalmente. Isso inclui milhares de profissionais que, mesmo obtendo titulação acadêmica (especialização, mestrado ou doutorado), ainda continuam recebendo os salários iniciais.

 “O que nós do sindicato defendemos é que tenha crescimento financeiro para todos os professores atendendo determinados critérios. E, no caso do crescimento por titulação, defendemos que exista um aumento de 15% de vagas, porém a prefeitura está propondo apenas 5%. Hoje, por causa do congelamento desde 2017, temos umas 3 mil professoras sem avançar na carreira há cerca de 10 anos. Além disso, também defendemos uma compensação pelo tempo que ficamos sem plano de carreira,” explica Diana Abreu, presidente do Sismmac. 

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Ao final desta primeira mesa de negociação, foi proposto que até o dia 17 de agosto deve haver reunião do SISMMAC com os vereadores, com a participação dos secretários, para analisar a viabilidade das emendas ao PL que foram apresentadas para atender as demandas do funcionalismo municipal.

Assim que a reunião foi encerrada, essa proposta foi levada à Assembleia da categoria, realizada na Praça Nossa Senhora da Salete no final da tarde, e foi aprovada pela ampla maioria das professoras e dos professores presentes. Ficou deliberado a suspensão da greve até o dia 17.

 

Fonte: BdF Paraná

Edição: Ana Carolina Caldas