CENTRAL DO BRASIL

UNE considera projeto que reformula política de cotas um 'salto de qualidade'

Política pública completou dez anos em 2022 e foi responsável por uma mudança no perfil do ensino superior

Brasil de Fato | Recife (PE) |

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A Universidade de Brasília foi a primeira instituição de ensino superior federal a implementar cotas raciais - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (9), o projeto de lei que reformula a política de cotas nas universidades federais. O texto ainda precisa passar pela análise no Senado. 

O projeto estabelece um novo mecanismo de preenchimento de vagas, permitindo que os estudantes cotistas possam concorrer às vagas gerais, e diminui de 1,5 para um salário mínimo a renda per capita familiar máxima para o estudante ingressar nas universidades pelas cotas.

Para Daiane Araújo, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), a aprovação do projeto garante um salto de qualidade na política pública. 

"A gente recebeu com muita alegria o resultado da votação na última quarta-feira. Além da ampliação da concorrência para garantir o preenchimento total das vagas, o avanço que a gente tem é a inclusão dos estudantes quilombolas e também a política de cotas para a pós-graduação", comemorou 

Ela participou ao vivo do Central do Brasil desta sexta-feira (11) e analisou aspectos gerais do projeto e mobilização do movimento estudantil ao longo desta semana contra o Novo Ensino Médio. 

Daiane também avaliou que o projeto aprovado que reformula a lei de cotas  trouxe um elemento crucial para a qualidade do ensino, que é a previsão de políticas públicas para garantir a permanência dos estudantes no ensino superior. 

"De nada adianta encher as universidades se a gente não tiver condições de que essas pessoas consigam permanecer nas universidade, se desenvolver a academicamente", apontou. 

O texto aprovado na Câmara dos Deputados é um substitutivo da relatora, a deputada Dandara (PT-MG). Em entrevista à Agência Câmara, ela contou a relevância da Lei de Cotas na experiência pessoal dela e como garantiu a diversidade no ensino superior

"Eu sou o resultado da política de cotas, tenho muito orgulho de ter sido cotista na graduação. Se não fosse a Lei de Cotas, eu não estaria aqui", comemorou a parlamentar. 

A entrevista completa com a Daiane Araújo, da UNE, está disponível no YouTube do Brasil de Fato.



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O programa Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e pelas emissoras parceiras espalhadas pelo país. 
 

Edição: Thalita Pires