A deputada federal bolsonarista Magda Mofatto (PL-GO) impediu a entrada da também deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO) em uma reunião na Prefeitura de Hidrolândia (GO) com membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na manhã desta segunda-feira (14).
Diferentemente de Mofatto, Accorsi é membra titular da comissão e tem o direito de participar das diligências promovidas pela CPI. “Você não faz parte”, afirmou Mofatto, que não é titular e nem suplente na CPI, à Accorsi ao fechar a porta da sala de reunião no rosto da deputada petista.
ABSURDO! Deputada federal bolsonarista, que sequer é membra da CPI do MST, barrou minha entrada na reunião da diligência da CPI em Hidrolândia-GO. Sou membra titular da CPI! Do que estão com medo? Algo a esconder? pic.twitter.com/Vqty8PJmIc
— Adriana Accorsi (@Adriana_Accorsi) August 14, 2023
Após a confusão, Accorsi conseguiu entrar na reunião. A assessoria da deputada tratou do assunto como uma “atitude antidemocrática e autoritária, como se estivessem escondendo algo”. Accorsi se pronunciará ao final da agenda, segundo comunicado enviado à reportagem.
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Em vídeo enviado por sua assessoria ao Brasil de Fato, o deputado estadual de Goiás Mauro Rubem (PT), que acompanha Accorsi, afirmou que a CPI está agindo de forma “truculenta” durante a diligência. “A CPI do MST aqui em Goiás está agindo de maneira truculenta, impedindo parlamentares de participarem. A própria deputada Adriana Accorsi, que é titular, foi impedida por uma outra deputada que não mais faz parte da CPI, que é deputada Magda Mofatto”, disse o parlamentar.
“Eu, como deputado estadual, acompanho e quero denunciar essa manipulação que a CPI está fazendo para fazer teatro, para tentar incriminar e não ter coragem de enfrentar o debate como deve fazer. Nós não vamos sair daqui, vamos acompanhar o tempo inteiro”, concluiu.
O Brasil de Fato contatou a deputada Magda Mofatto por meio de sua assessoria, mas ainda não houve um retorno. O texto será atualizado assim que a parlamentar se manifestar.
Edição: Geisa Marques