A avaliação do governo chefiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em alta e atingiu o melhor nível desde o início do terceiro mandato: 60% da população aprova o trabalho do petista. É o que revela pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) pelo instituto de pesquisa Quaest.
O instituto tem feito pesquisas bimestrais sobre a avaliação do trabalho de Lula. Desde abril, o índice de aprovação saltou de 51% para os atuais 60%, enquanto a reprovação caiu de 42% para 35% (a soma fica sempre abaixo dos 100%, pois há pessoas que não sabem ou preferem não responder).
Alguns detalhes chamam atenção. Neste momento, um a cada quatro eleitores de Jair Bolsonaro (PL) aprova o trabalho de Lula. Além disso, o atual presidente já tem 59% de aprovação na região Sul (onde o PT foi derrotado em todas as eleições desde 2006). Outro dado relevante é que, pela primeira vez, o trabalho de Lula tem numericamente mais aprovação que reprovação entre os eleitores evangélicos (50% a 46%).
Segundo o instituto de pesquisa, a economia tem tido papel importante na melhora da avaliação de Lula. O número de pessoas que veem o cenário econômico de forma positiva tem crescido. A queda nos preços dos alimentos tem sido percebida por mais gente, e iniciativas como o Plano Safra e o Desenrola foram bem recebidas até por quem não votou no petista. Hoje, 59% dos brasileiros acreditam que o cenário econômico vai melhorar nos próximos 12 meses, segundo a Quaest.
O levantamento também quis saber se os cidadãos têm ouvidos mais notícias positivas ou negativas sobre o governo. Para 38%, o noticiário tem trazido informações positivas, enquanto 33% afirmam que as informações são majoritariamente negativas. As boas novas mais lembradas são o aumento do Bolsa Família, a redução da inflação, a proteção da amazônia, o relançamento do Minha Casa, Minha Vida e os aumentos nos salários.
Os principais problemas enfrentados pela população, segundo a pesquisa, são a criminalidade e a violência (indicados por 96%), os juros altos (87%) e o racismo (80%).
A pesquisa ouviu 2.029 pessoas entre 10 e 14 de agosto, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Edição: Rodrigo Chagas