Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

'Pelo bem viver'

Com 100 mil agricultoras em Brasília, Marcha das Margaridas cobra acesso à terra e combate à violência

A manifestação ocorre a cada quatro anos e homenageia a sindicalista Margarida Maria Alves, assassinada em 1983

% buffered00:00
Download
00:00
16.ago.2023 às 14h33
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio e Gabriela Moncau

A Marcha das Margaridas é organizada a cada quatro anos pela Contag - Nane Camargos

Brasília amanheceu, nesta quarta (16), com 100 mil mulheres caminhando em passeata até o Congresso Nacional. Com chapéus de palha e roupas de cor lilás dando o tom estético do ato, a sétima edição da Marcha das Margaridas – composta por agricultoras, ribeirinhas, quilombolas, indígenas, marisqueiras, entre outras – traz ao debate público o tema "Pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver". Participam, ainda, representantes de movimentos populares de 33 países.  

A agricultora Neri dos Santos viajou do Acampamento Dom Tomás Balduíno, em Formosa (GO), para participar do ato, cujas atividades começaram na terça (15). "Estou aqui lutando pela terra", ressalta ela, que há oito anos espera que sua comunidade seja regularizada como assentamento de reforma agrária. 

"É difícil, mas quem quer as coisas tem que correr atrás. A gente tem filho, tem neto, e a gente precisa de uma terra para sobreviver dentro dela. Na cidade não dá para viver", diz a camponesa. Para Neri, que participa do ato há anos – "em todas as Margaridas eu estou dentro" -, o fim da violência contra as mulheres é ponto central da luta das mulheres da cidade, do campo, da floresta e das águas. 

:: Por que Margarida Alves não foge da luta? Legado histórico segue em Marcha há 40 anos ::

"Estupro, feminicídio, as coisas [são] muito difíceis. Então, a gente precisa lutar para não ver as companheiras morrerem, como estão morrendo. Não é fácil, além de trabalhar, ainda ser morta pelo companheiro", denuncia. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram registrados 1.437 feminicídios no país em 2022, um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior.  

Walkíria Alves foi para a Marcha das Margaridas saindo da cidade de Cabo de Santo Agostinho (PE), onde, segundo ela, 35% da população vivem na área rural. Os saberes do trabalho com a terra passaram por gerações de sua família até chegarem a ela. Seus avós são da área rural de Garanhuns, agreste pernambucano. Hoje Walkíria está à frente da Secretaria de Mulheres do seu município. 

"A gente está aqui porque, além de serem as nossas raízes, estamos na retomada da democracia neste momento de luta, de estarmos juntas e de dizer que a gente não vai aceitar nenhum direito a menos", diz Walkíria. 

Aos 73 anos, Josefa Fernandes da Silva viajou por dois dias partindo de Juripiranga (PB) para presenciar sua primeira edição da Marcha das Margaridas. "Eu vim por conta da despeita que os homens têm com as mulheres e pela luta por nossos direitos", salienta. "A gente veio conquistar aquilo que a gente deseja e necessita. Igualdade, paz, democracia, um futuro melhor e o bem comum", expõe.

:: Reforma agrária, autonomia econômica, prevenção ao feminicídio: Governo anuncia medidas em resposta a pautas da Marcha das Margaridas ::

Com uma máscara de pano vermelha pendurada no pescoço e um chapéu na cabeça, Josefa pontua que "as mulheres sofrem muito com a desfeita dos homens e dos poderosos, por isso a gente sempre se uniu". 

Reivindicações 

Organizada a cada quatro anos desde 2000 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), desta vez a Marcha das Margaridas está em Brasília no intuito de receber respostas do governo a respeito de um conjunto de reivindicações entregue no último 21 de junho.  

Composto por 13 pontos, o caderno com as pautas da Marcha de 2023 foi entregue em um evento com a participação de 13 ministras e ministros e também ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.    

Entre os eixos estão a autonomia e a liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade; justiça ambiental e climática; autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética; democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios; e universalização do acesso à internet. Em um caderno de 52 páginas, cada um desses pontos é detalhado com propostas de ações e políticas públicas. 

:: As Margaridas, a fome e a luta contra a violência no campo ::

No final da manhã desta quarta (16), o presidente Lula (PT) discursou às manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Entre as medidas anunciadas, está a prioridade que será dada a mulheres na seleção dos beneficiários do Plano Emergencial de Reforma Agrária.  

O governo federal informou também que serão criados o Programa Nacional Quintais Produtivos (que visa promover autonomia econômica de agricultoras) e o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios.  

Enquanto ouvia o discurso presidencial, a professora e agricultora familiar Fátima Costa disse que valeu a pena sair do Piauí para participar da mobilização. "É isso que a gente espera", comentou, ao escutar o petista dizendo que as mulheres podem contar com a gestão para garantir políticas para o campo. "Porque a agricultura familiar sofreu muito nos últimos anos", emenda. 

"Na minha terra, por exemplo, o terreno favorece a construção de açudes, a criação de peixe e de abelha", exemplifica a militante a respeito das políticas públicas demandadas pelo segmento no local. 

O nome da marcha homenageia Margarida Maria Alves, que presidiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando dos latifundiários da região. Profética, Margarida costumava dizer que "é melhor morrer na luta do que morrer de fome".   

Editado por: Thalita Pires
Tags: direito à propriedade e à terradireito à renda básicafunção social da propriedade
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

CPI DO RIO MELCHIOR

Licença vencida, efluentes tóxicos e falta de transparência: consultores detalham poluição do Rio Melchior

Fiscalização

Após mortes em hospital psiquiátrico, MP cria grupo de trabalho para monitorar saúde mental no DF

CIDADANIA

Prazo para regularizar situação eleitoral termina no dia 19 deste mês

FAVELA DO MOINHO

‘Remoção truculenta no Moinho é prova do projeto autoritário do governo Tarcísio’, diz vereadora

LUTAR NÃO É CRIME

Sob pressão da prefeitura e da Justiça, professores do Recife decidem manter greve

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.