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Advogado diz que cobrou 'próximo dos milhões' de Mauro Cid, que recebe R$ 26 mil de salário

Defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que pode apresentar “20 ou 30 versões” sobre o escândalo das joias

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid - Reprodução/ Facebook Jair Bolsonaro

Em entrevista ao O Estado de S. Paulo, o advogado Cezar Bitencourt, que fará a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, disse que seus honorários são caros e que cobrou “próximo dos milhões” do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República.

Perguntado pelo diário paulista se faria uma defesa pro bono (sem custo) para Cid, o advogado negou. “Não, claro que não. Não é verdade. Não tenho que falar [o valor]. Os meus honorários eu falo para a Receita Federal.”

Em seguida, questionado sobre o valor final acertado com seu cliente, respondeu que “não é barato” e que o custo final estaria “próximo dos milhões”. “Mas não vamos falar em valores. Isso é entre o advogado e o cliente.”

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De acordo com o Portal da Transparência, Mauro Cid recebe um salário mensal de R$ 26,6 mil. Seu pai, Mauro Lorena Cid, general da reserva, recebe R$ 36,6 mil.

Versões

Ainda na entrevista para O Estado de São Paulo, Bitencourt falou sobre a estratégia adotada pela defesa do militar. “Eu vou dar 20 ou 30 versões, posso dizer o que quiser. A versão da defesa, efetivamente, vai vir nos autos. Não é questão de mudar. Imagine se eu tivesse que ficar preso com uma informação que eu dei? A defesa técnica eu faço no processo. Eu falo sobre fatos para jornalistas, não vou falar sobre defesa técnica.”

Em outro trecho, Bitencourt confirmou que Mauro Cid mudou sua versão, após a entrevista para a revista Veja, quando disse que confessaria o crime e diria que Bolsonaro mandou vender as joias.

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“Teve uma pequena mudança de redação. Teve, sim. A defesa eu não mudei porque eu não fiz a defesa ainda, isso eu vou fazer nos autos. Eu tô dando informações. Não é aquilo que a gente fala para a imprensa que a gente coloca no processo”, finalizou.

Edição: Vivian Virissimo