Neste 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o Central do Brasil discute os principais obstáculos e desafios que essa população enfrenta no país, convidando Rivânia Rodrigues, integrante da Rede Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais Feministas Negras (Candaces).
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica surgiu no Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), hoje chamado de Seminário Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuai (Senalesbi), evento que reúne "mulheres que amam mulheres", explicou Rivânia.
A data representa um demarcador político para que as mulheres lésbicas e bissexuais sejam de fato enxergadas na sociedade. “Quando não se é vista, não se é notada", explica Rivânia. "Para nós mulheres lésbicas e bissexuais falta muito na política'.
Ela diz que as políticas voltadas para essa população estavam adormecidas havia ao menos seis anos. “Não se falava da pauta LGBT no governo passado. Com a retomada da pauta a gente começa a trazer pautas do movimento popular. A exemplo do Lesbocenso.”
A iniciativa coleta dados das áreas: trabalho, educação, saúde, relacionamentos, relações familiares e redes de apoio em diversas regiões do país. A ideia é combater a subnotificações de crimes, violação de direitos e da falta de políticas públicas específicas para lésbicas.
Uma primeira etapa do estudo divulgada em agosto de 2022 mostrou que 78,61% das lésbicas já sofreram algum tipo de lesbofobia. Sendo que 31,36%, assédio moral, 20,84%, sexual e 18,39% passaram por violência psicológica.
Rivânia defende mais inclusão das mulheres lésbicas e bissexuais nas políticas públicas. “Nós precisamos estar na transversalidade das pautas do executivo, do legislativo e do judiciário.”
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Edição: Rodrigo Durão Coelho