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Bem Viver na TV traz a luta dos streamings independentes brasileiros para garantir a diversidade nas telas

Programa traz uma reportagem especial sobre as alternativas as grandes plataformas tais como Netflix, Amazon, HBO Max

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Bem Viver na TV traz plataformas de streaming brasileiras, que cobram por assinatura um valor 70% mais baixo que o dos grandes streamings, quando não é ofertado gratuitamente. - Iolanda Depizzol

O  Bem Viver, programa do Brasil de Fato, traz uma reportagem especial sobre a luta dos streamings independentes brasileiros para garantir a diversidade nas telas e valorizar conteúdos nacionais. 

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"A gente sabe que o streaming é uma tendência crescente, né? Cada vez mais plataformas surgem. E o que a gente observa é, assim como nos veículos de comunicação, a manutenção desses monopólios, né? Dessas grandes plataformas multinacionais, com muito recurso e obviamente com muita influência política", afirma Vito Ribeiro, da plataforma independente de documentários Bombizila.

O Ministério da Cultura e a Secretaria do Audiovisual já definiram como pauta prioritária a regulamentação do Vídeo por Demanda no Brasil. A categoria inclui serviços em que os usuários não dependem de uma programação fixa para assistir aos conteúdos, como no caso das plataformas de streaming. 


 

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Assim como acontece com as salas de cinema, esse meio também é dominado pela presença de obras estrangeiras. Líderes em assinaturas no Brasil, as empresas Amazon e Netflix, por exemplo, oferecem no catálogo apenas 6% de conteúdos nacionais. É o que revela um relatório da Ancine publicado no ano passado. 

 

"E esse conteúdo presente também não tem muito prestígio na grade, no catálogo. Não é que ele fica lá em destaque para que as pessoas, os usuários e usuárias brasileiros encontrem", completa Vito.

Na contramão das grandes empresas, iniciativas independentes criaram plataformas de streaming brasileiras. Nelas, cerca de 91% dos conteúdos são nacionais. Além disso, o valor cobrado por assinatura é 70% mais baixo que o dos grandes streamings, quando não é ofertado gratuitamente.

Thais Scabio, da plataforma Todesplay, iniciativa da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro, destaca a importância do trabalho realizado pelos streamings independentes. "O trabalho de catalogação do audiovisual nacional, que esses streamings estão fazendo é histórico, assim, nunca existiu."

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Zienhe Castro, da plataforma AmazoniaFlix, fruto do processo de pesquisa e curadoria do Festival Panamazônico de Cinema, destaca a importância do trabalho realizado pelos streamings independentes..

"Eu acho que a gente ter essas plataformas, mais focadas em recortes curatoriais que contemplam a produção dessas populações invisibilizadas, indígena, né? O cinema pan-amazônico como um todo. É necessário que a gente tenha esse olhar cuidadoso, atento, né? E que nós estejamos no debate político", pontua ele.

Em novembro de 2020, as plataformas brasileiras independentes se uniram em um Fórum, com o objetivo de organizar e levar suas demandas ao poder público. Uma das principais é a  dificuldade financeira para manutenção das plataformas, que arrecadam muito menos do que precisam.
Diante da ausência dessas plataformas no panorama levantado pela Ancine, e preocupados em ficar de fora do processo de regulamentação, o Fórum desenvolveu um  relatório próprio, lançado em junho deste ano. 

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Rafael Ferreira, um dos idealizadores da Todesplay, destaca a importância da inclusão das plataformas independentes na regulamentação. "A gente tem toda uma pesquisa mostrando o nosso impacto, né? Mas só que isso não tá chegando aonde tem que chegar. Para essa discussão dessa regulamentação. Então tem coisas da regulamentação que podem inviabilizar totalmente a nossa existência."

Aisamaque de Souza é idealizador do Mão Tagarelas, que coordena a Handsplay, primeira plataforma de streaming dedicada a pessoas surdas. Ele destaca outro desafio: a acessibilidade nas obras audiovisuais brasileiras.

"A acessibilidade, ela foi deixada de lado. Por que? Porque os produtores não tinham recurso para financiar acessibilidade, né? Muitos deles não tinham, os produtores independentes, né?", denuncia, Souza, que acrescenta. "O poder público ele tem uma responsabilidade imensa em reparar isso. Não só reparar a questão da acessibilidade, mas também na questão cultural, que durante muito tempo ficou no limbo social brasileiro."

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Quando e onde assistir

No YouTube do Brasil de Fato, todo sábado, às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui. 

Na TVT: sábado, às 13h30; com reprise aos domingo (às 6h30) e terça-feira (às 20h), no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC 

Na TVCom Maceió: sábados, às 10h30, com reprise aos domingos (às 10h), no canal 12 da NET. 

Na TV Floripa: sábados, às 13h30, com reprise ao longo da programação, no canal 12 da NET. 

Na TVU Recife: sábados, às 12h30, com reprise às terça-feira (às 21h), no canal 40 UHF digital. 

Na TVE Bahia: sábados, às 12h30, com reprise quinta-feira (às 7h30), no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital. 

Na UnBTV: sextas-feiras, às 10h30 e às 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET. 

TV UFMA Maranhão: quintas-feiras, às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17. 

Sintonize  

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.  

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.  

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected] 

Edição: Marina Duarte de Souza