As autoridades cubanas revelaram uma rede de tráfico de seres humanos cujos participantes estariam recrutando cidadãos cubanos para participarem da guerra na Ucrânia nas fileiras russas. A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores cubano.
A pasta informou que, após a detecção do esquema, foi dado o início ao trabalho de neutralização e desarticulação da organização. Foi relatado também que a rede de tráfico de pessoas operava desde a Rússia para incorporar cidadãos cubanos e mesmo alguns procedentes de Cuba às forças militares que participam nas operações na Ucrânia.
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"Os inimigos de Cuba promovem informações distorcidas que procuram manchar a imagem do país e apresentá-lo como cúmplice destas ações, que rejeitamos categoricamente. Cuba tem uma posição histórica firme e clara contra o mercenarismo e desempenha um papel ativo nas Nações Unidas no repúdio a esta prática, sendo autora de várias das iniciativas aprovadas naquele fórum", declarou o ministério.
Em 3 de setembro, o Ministério da Defesa britânico divulgou um relatório apontando que as autoridades russas estariam tentando reabastecer as fileiras das forças armadas recrutando cidadãos de países vizinhos para participarem da guerra.
O estudo britânico cita anúncios online na Armênia e no Cazaquistão oferecendo pagamentos para a entrada no serviço militar russo. Ativistas de direitos humanos afirmaram também que na região de Kaluga, na Rússia, os estrangeiros que decidem obter a cidadania russa têm documentos, sendo exigindo que primeiro celebrem um contrato de serviço militar.
No final de maio, o jornal Ryazanskiye Vedomosti publicou que vários cidadãos cubanos assinaram contratos com o Ministério da Defesa e foram à guerra na Ucrânia, aparentemente para ajudar a Rússia a cumprir as tarefas da operação militar russa em troca da posterior obtenção da cidadania do país.
Edição: Thales Schmidt