O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, realizaram uma reunião bilateral nesta quarta-feira (13) no cosmódromo de Vostochny, na região de Amur, no Extremo Oriente da Rússia. É a segunda vez que os dois líderes se encontram. A última vez que Kim esteve na Rússia foi em 2019.
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Após uma reunião que durou mais de duas horas, os líderes dos dois países participaram de um jantar oficial. No total, a cúpula durou mais de cinco horas. A expectativa para o encontro era de que Putin e Kim discutissem a transferência de armas norte-coreanas para Moscou em troca de tecnologia militar para Pyongyang.
"Discutimos em profundidade a situação político-militar na Península Coreana e na Europa e chegamos a um consenso satisfatório sobre o reforço adicional da cooperação estratégica e tática, apoiando a solidariedade na luta para proteger o direito soberano à segurança, para criar garantias de paz duradoura", disse Kim de acordo com o Kremlin.
O líder da Coreia do Norte enfatizou que a sua visita ocorre em um momento "em que um confronto feroz entre progresso e reação se desenrola na arena internacional”.
"Estou feliz em vê-lo", disse Putin depois de cumprimentar o líder norte-coreano e antes de seguir para a inspeção do complexo de lançamento do foguete espacial Soyuz-2. O presidente russo disse que Kim "mostra grande interesse na tecnologia de foguetes".
"Nossa reunião está acontecendo em um momento especial. Mais recentemente, a República Popular Democrática da Coreia celebrou 75 anos de sua criação", disse Putin. "Setenta e cinco anos de estabelecimento de relações diplomáticas entre nossos países. Deixe-me lembrá-lo que foi o nosso país o primeiro a reconhecer o estado soberano e independente da República Popular Democrática da Coreia", acrescentou.
Kim, por sua vez, expressou gratidão e observou que, no estágio atual da Coreia do Norte, "a primeira prioridade são as relações com a Federação da Rússia".
"A Rússia iniciou agora uma luta sagrada para proteger a soberania e a segurança do seu Estado em oposição às forças hegemônicas", destacou.
Durante a breve parte aberta das negociações, Kim disse que a Coreia do Norte quer desenvolver relações porque sempre apoiou "todas as decisões do presidente Putin e do governo russo".
"Também espero que estaremos sempre juntos na luta contra o imperialismo e pela construção de um Estado soberano", completou o líder norte-coreano.
Edição: Thales Schmidt