CENTRAL DO BRASIL

'Estamos mais céleres do que os EUA', avalia Altamiro Borges sobre julgamento do 8 de janeiro

STF condenou a 17 anos de prisão o primeiro réu envolvido nos atos golpistas ocorridos em Brasília

Brasil de Fato|Recife(PE) |

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Julgamento foi marcado por divergências entre os ministros sobre o crime de tentativa de golpe de Estado cometido pelo réu - Rosinei Coutinho/SCO/STF

O jornalista Altamiro Borges avaliou como positiva a postura da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do primeiro réu entre os envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Altamiro participou do Central do Brasil desta quinta-feira(14) e elogiou a orientação geral dos votos e a velocidade com que o país está punindo os manifestantes golpistas.

"É um bom início de julgamento. Nós estamos mais céleres do que os Estados Unidos. O julgamento dos terroristas que invadiram e depredaram o capitólio agora é que está começando. Aqui, está célere, com penas duras e provas contundentes dos cinco crimes", analisou o jornalista.

O STF condenou, nesta quinta-feira (14),  a 17 anos de prisão o primeiro réu acusado de participar dos atos golpistas. O bolsonarista Aécio Lúcio Costa Pereira, 51 anos, morador de Diadema (SP), foi condenado  por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado - saiba como votou cada ministro.

STF retomou na tarde desta quinta-feira o julgamento do segundo réu, Thiago de Assis Mathar, 43 anos, da cidade de São José do Rio Preto (SP).

Apesar de avaliar como bom o início do julgamento, Altamiro ponderou que as investigações precisam agora avançar para quem são os mentores desses atos golpistas.

"Eu acho que vai caminhando de ter uma atitude dura contra esse golpismo. O que me chama atenção é que nós temos que ir para outras camadas dessa tentativa de golpe. Não basta só pegar os executores. É preciso ver quem influenciou, fanatizou e imbecilizou essa turma para estar lá. É preciso pegar quem financiou", alerta o jornalista.

Altamiro também comentou outros temas da conjuntura, como a reta final da CPI do MST, na Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara, Arthur Lira, prorrogou o prazo de funcionamento da comissão até a próxima semana. Na avaliação de Altamiro, a CPI tinha apenas o objetivo de tentar criminalizar o movimento e, segundo ele, tem tudo para fracassar.

Leia mais: Lira evita derrota de Salles e CPI do MST ganha mais uma semana para discutir relatório

"A tendência é o relatório do Ricardo Salles ser rejeitado. O que os 'agrotroglotidas' queriam não vão atingir com a CPI. Mas vamos conferir. Tem mais uma semana de tentativas de atordoar o cenário". concluiu.

A entrevista completa está disponível na edição desta quinta-feira do Central do Brasil no canal do Brasil de Fato no YouTube



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Edição: Nicolau Soares