Já estão no Brasil os três bolsonaristas presos em território paraguaio suspeitos de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Entre eles está o blogueiro Wellington Macedo, um dos condenados pela tentativa de explodir uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal de 2022.
Macedo, que foi assessor da hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF) quando ela ocupava o Ministério dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro (PL), estava foragido e integrava a lista de procurados pela Interpol. Em entrevista à Folha de S.Paulo, em abril deste ano, tinha dito que não iria se entregar.
Além de Macedo, foram presos no país vizinho o radialista Maxcione Pitangui de Abreu e a empresária Rieny Munhoz Marcula. A Polícia Federal (PF) confirmou as prisões, que foram executadas em Ciudad del Este, na parte paraguaia da fronteira com o Brasil, em colaboração com a Polícia Nacional e o Departamento de Migração paraguaios.
Macedo e Pitangui eram alvos de mandados de prisão expedidos pela Justiça brasileira pelo envolvimento em atos violentos que buscavam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles estavam juntos quando foram encontrados pelos policiais no Paraguai. De acordo com os policiais, Macedo tentou fugir, caiu e se machucou. Pitangui se entregou sem resistência.
Marcula também era procurada pela Interpol. Ela, que tinha duas empresas no ramo de beleza e cuidados pessoais, era acusada de ter financiado atos antidemocráticos – segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), teria custeado a contratação de um ônibus que levou golpistas do interior paulista a Brasília em 8 de janeiro. A empresária estava foragida desde o último dia 20 de janeiro.
Edição: Rodrigo Chagas