Em 12 capitais brasileiras o início da primavera continua com altas temperaturas, com máximas a partir de 35°C neste domingo (24). A exceção é Porto Alegre (RS), que terá máxima de 21ºC.
A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agropecuária. O inverno chegou ao fim às 3h50 de sábado (23), e primavera vai até 22 de dezembro.
Em meio à forte onda de calor que atinge o país, o consumo de energia subiu para 73,5 mil MW (megawatts) médios, um recorde para o mês de setembro, constatou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O número é puxado pelo uso de aparelhos de ar condicionado.
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O Centro Oeste é a macrorregião que concentra as temperaturas mais elevadas. Segundo o Inmet, Cuiabá (MT) poderá ser a capital com as maiores temperaturas deste domingo (24), com previsão de 42ºC.
Segunda capital mais quente, Campo Grande (MS) terá máxima será de 39°C. Goiânia (GO) tem previsão de 38ºC e Brasília (DF) tem máxima prevista de 34°C.
Em São Paulo (SP), o Inmet diz o domingo (24) pode registrar 35°C, o mesmo previsto para Belo Horizonte (MG). O Rio de Janeiro deve bater 38°C, e Vitória (ES), a 33°C.
São Paulo (SP) pode ter novo recorde de calor
A Defesa Civil paulista alertou que São Paulo (SP) pode ter o dia mais quente do ano neste domingo (24). Nas últimas semanas do inverno, a cidade registrou uma sequência de temperaturas recordes. A calor mais forte foi registrado na sexta-feira (22), de 34,7°C.
No Norte, as máximas devem ultrapassar 35ºC em cinco das sete capitais: Boa Vista (RR), Palmas (TO), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Na região Nordeste, as nove capitais terão máximas acima dos 30ºC. O pico de calor será em Teresina (PI), com temperaturas acima dos 35°C.
Na região Sul as temperaturas esperadas serão menores: Porto Alegre (RS) terá mínima de 17ºC e máxima de 21ºC, Curitiba (PR) registra variação entre 19°C e 33°C e Florianópolis (SC) terá entre 20°C e 32°C. A capital gaúcha registrou alagamentos em ruas e avenidas após fortes chuvas neste sábado (23).
O novo normal do clima
A onda de calor que atinge o país é provocada pela nebulosidade reduzida, que faz aumentar a temperatura do ar. Um bloqueio atmosférico eleva os ventos para pontos mais altos da atmosfera, potencializando as altas temperaturas.
A comunidade científica alerta que secas, tempestades, ciclones e calor intenso serão eventos extremos cada vez mais comuns, em meio ao aumento da temperatura do planeta provocado pela ação humana.
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As altas nas temperaturas no país ocorrem antes de completarem um mês as fortes chuvas que deixaram 47 mortos no Rio Grande do Sul.
Na quarta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um alerta duro durante a reunião da Assembleia da ONU, em Nova York. "A humanidade abriu as portas do inferno, como mostram os efeitos horríveis do calor terrível", disse.
Edição: Camila Salmazio