O que fazer com o militar? Este é o título do livro que o historiador Manuel Domingos Neto lançou nesta segunda-feira (25). Na obra, ele reflete sobre o modelo de forças armadas do Brasil e sugere mudanças importantes para a soberania nacional. Para falar sobre algumas das ideias do livro, o programa Central do Brasil conversou com o autor.
"As forças armadas têm uma tradição de repressão aos reformadores sociais e ao mesmo tempo de profunda subordinação aos poderosos que fornecem armas e equipamentos, tanto do exército, quanto da marinha e aeronáutica não poderiam funcionar sem os estrangeiros", analisou o escritor. "Isso aponta a necessidade de uma reforma profunda nas Forças Armadas, essa reforma deve ser orientada por uma nova concepção de defesa nacional."
Nesse sentido, Manoel afirma que precisamos produzir nossas próprias armas e não nos basearmos na produção conduzida pelo Pentágono. "É preciso rever essas alianças externas, nós precisamos de menos tropas, a guerra hoje não se faz mais de combate corpo a corpo. O exército é imenso, ele precisa ser reduzido e focar não na repressão aos movimentos sociais ou reformadores, mas se preparar para enfrentar o inimigo externo. Nós precisamos de uma preponderância da aeronáutica, não da força terrestre, nós precisamos de uma requalificação da tropa partindo de mudanças no recrutamento militar, esse recrutamento militar que ainda hoje existe, é completamente fora de uso em boa parte dos países e perpetua uma relação de discriminação."
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O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.
Edição: Thalita Pires