O ministro da Economia da Argentina e candidato presidencial, Sergio Massa, anunciou nesta terça-feira (27/09) a aprovação de um bônus para trabalhadores do setor informal no valor de 94 mil pesos (aproximadamente R$1350) como alternativa contra os efeitos da inflação.
A poucos dias das eleições de 22 de outubro, a medida beneficiará entre dois e três milhões de pessoas e faz parte das decisões do governo do país sul-americano para implementar alívio fiscal em meio à inflação mais alta nos últimos 30 anos.
O bônus anunciado será pago em duas parcelas, em outubro e novembro, e será financiado com o pagamento antecipado de impostos ao setor bancário e financeiro.
“Tomamos a decisão de cobrar um adiantamento extraordinário de imposto aos setores que foram os grandes vencedores da desvalorização imposta pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), como bancos centrais, financeiras e seguradoras”, explicou o ministro sobre a medida, para que "a ordem fiscal" seja mantida.
Segundo especialistas, o ritmo de aumento de preços na Argentina acelerou após uma desvalorização de 20% decretada em 14 de agosto, um dia após o anúncio dos resultados desfavoráveis ao partido governista nas eleições primárias, classificando-o apenas como a terceira maior força política votada.
Entre janeiro e agosto de 2023, o índice de preços ao consumidor subiu 80,2% e após 12 meses, o processo de inflação ultrapassa os 120%.
Nas eleições presidenciais de 22 de outubro, os argentinos terão que decidir entre Massa, da coalizão governista Unión por la Patria, que lidera as pesquisas de intenção de voto, e o candidato de extrema direita Javier Milei, que surpreendeu nas primárias ao obter 30% dos votos.
(*) Com TeleSUR