A primeira missão das Nações Unidas (ONU) em quase 30 anos chegou a Nagorno-Karabakh. A agência do Azerbaijão APA relata isso. Atualmente, os membros da ONU estão em Stepanakert, capital do enclave separatista, mas planejam visitar vários outros assentamentos em Karabakh.
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A missão inclui representantes de várias agências da ONU. De acordo com o comunicado da organização, o objetivo é "compreender a situação no terreno e determinar as necessidades humanitárias dos residentes". Além disso, a missão está sendo enviada a Karabakh para garantir que os direitos da população armênia local sejam respeitados e que seja prestada assistência a todos os refugiados que queiram ir para a Armênia.
"A equipe tentará avaliar a situação no terreno e determinar as necessidades humanitárias, tanto das pessoas que permanecem como das que estão a sair. […] A atenção principal será dada às questões humanitárias", explicou o representante da ONU, Stephane Dujarric.
A região de Nagorno-Karabakh deixará de exisitr a partir de 1º de janeiro de 2024, quando todos os órgãos governamentais da república separatista serão dissolvidos. A decisão de sua extinção tem como contexto a operação militar do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh em 19 de setembro, quando o país realizou uma ofensiva militar no enclave e exigiu o desarmamento completo do exército da república não reconhecida e a retirada da presença militar armênia da região.
Em menos de 24h, foi acordado um cessar-fogo entre Karabakh e o Azerbaijão, o que, na prática, representou a capitulação de Karabakh.
Com o controle assumido pelo Azerbaijão sobre Nagorno-Karabakh, praticamente toda a população da região evacuou do território em direção à Armênia. Segundo as últimas estimativas, mais de 100 mil pessoas já deixaram o território. O enclave era habitado majoritariamente por arménios étnicos, compondo uma população de cerca de 120 mil pessoas.
O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, afirmou nem 25 de setembro os armênio em Nagorno-Karabakh estavam sofrendo uma "limpeza étnica em curso" por parte das forças do Azerbaijão.
Edição: Leandro Melito
