O ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) que julgam os atos golpistas de 8 de janeiro, votou pela condenação de mais seis réus. O julgamento, no plenário virtual do Supremo, vai até o próximo dia 16. Até o fim da tarde desta sexta-feira (6), os outros ministros ainda não tinham depositado seus votos.
Moraes votou por punições que vão de 14 a 17 anos de prisão para os seis réus, penas semelhantes às que foram propostas para os outros "patriotas" que já foram condenados. Eles são acusados dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Estão em julgamento quatro homens (Cláudio Augusto Felippe, Jorge Ferreira, Marcelo Lopes do Carmo e Reginaldo Carlos Begiato) e duas mulheres (Edineia Paes da Silva dos Santos e Jaqueline Freitas Gimenez).
Moraes propôs pena de 17 anos para quatro deles: Cláudio Felippe, Edineia Santos, Jaqueline Gimenez e Marcelo do Carmo. Todos eles foram presos dentro do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, durante o quebra-quebra.
Para Jorge Ferreira, que também foi detido dentro do Palácio do Planalto, Moraes propôs pena de 14 anos. Já para Reginaldo Begiato, que foi preso após a invasão do Congresso Nacional, a pena proposta pelo ministro relator é de 15 anos.
Apesar da previsão de conclusão dos julgamentos para o próximo dia 16, eles podem ser interrompidos em caso de pedido de vista – quando um ministro pede mais tempo para analisar – ou de destaque – quando a solicitação é para levar a discussão para o plenário físico. Uma nova leva de golpistas será julgada a partir do próximo dia 13.
Edição: Thalita Pires