O governo brasileiro reagiu aos acontecimentos deste sábado (07/10) em territórios palestinos ocupados por colonos israelenses. Fazendo uso da sua condição de presidente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o país convocou uma reunião de emergência do organismo para abordar a questão.
“Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará uma reunião de emergência do órgão”, afirma a nota publicada pelo Itamaraty.
Na manhã deste sábado, o grupo de resistência palestina Hamas iniciou um bombardeio dos territórios palestinos ocupados, no qual foram disparados cerca de 5 mil foguetes.
A ação provocou uma rápida resposta de Israel, que lançou forte ofensiva militar aos territórios da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oeste, a qual pode ser considerada ilegal, já que não conta com o respaldo da comunidade internacional.
Em nota divulgada pelo Itamaraty, o governo brasileiro afirma “condenar a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza, provocando a morte de ao menos 20 cidadãos israelenses, além de mais de 500 feridos”.
O Brasil também “expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”.
“Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, continua a nota.
O Itamaraty esclareceu que “não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina”.
“O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe uma deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”, afirma a diplomacia brasileira.
A nota de Brasília termina dizendo que “o governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”.
“A mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, conclui o Itamaraty.