Do Cariri, para o mundo. No interior do Ceará, Antônio Gomides vem mostrando que é possível produzir alimentos sem usar agrotóxicos, sem desmatar, sem destruir nada. E ele afirma: é possível produzir em abundância plantando floresta.
"A [partir da] maneira com que a floresta se estrutura, nós podemos obedecer às leis da natureza para conseguir erguer uma agricultura que possa unir pessoas, possa verdadeiramente reestruturar solo, salvaguardar a genética e produzir um nível de abundância que a humanidade não está acostumada", afirma o agroflorestor, como ele mesmo se define, em entrevista para o Bem Viver.
Na semana do Dia de Luta Pela Soberania Alimentar, celebrado em 16 de outubro, o programa do Brasil de Fato traz experiências que mostram que a produção de alimentos saudáveis para todos por meios mais justos e sustentáveis é viável, e a agrofloresta se destaca nesse sentido.
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"A ciência agroflorestal pode ensinar à humanidade novos caminhos para se trabalhar uma agricultura que tem tudo para ser implementada nesta geração, em busca de formar as próximas, para que a gente possa deixar um cenário em que outras pessoas, quando tiver a oportunidade de estar, possam também consumir e, naturalmente, ir deixando mais recursos para o futuro", pontua Gomides.
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Influenciador digital, ele encontrou nas redes sociais um caminho para ampliar a divulgação das tecnologias da agrofloresta e "fisgar" mais pessoas para que as árvores voltem para a propriedade agrícola e que se "plante alimento plantando árvore, plantando floresta".
"Não é só não usar veneno, não é só não tocar fogo, não é só não poluir, é não fazer nada disso, mas plantar floresta, plantar diversidade, plantar estrutura, para que a gente possa ter recursos e valores, não só humanos, mas, sobretudo, ambientais, para verdadeiramente a gente poder ter um futuro mais brilhante, mais claro e mais paz para esse povo", defende Gomides.
E tem mais...
No Momento Agroecológico, o destaque é a Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto, que comemora dez anos com a inauguração de novos espaços na Bahia. Fundada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no assentamento Jacy Rocha, no município de Prado, a iniciativa tem quatro vertentes centrais: produção, comercialização e os eixos ambiental e social.
Conheça também o Espaço Comum Luiz Estrela, uma ocupação que virou refúgio para artistas e ativistas de Belo Horizonte (MG).
O Mosaico Cultural apresenta a emissora fundada por Paulo Freire há seis décadas, no Recife (PE), que continua viva e atuante no fortalecimento da cultura popular.
Quando e onde assistir
No YouTube do Brasil de Fato, todo sábado, às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.
Na TVT: sábado, às 13h30; com reprise aos domingo (às 6h30) e terça-feira (às 20h), no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC
Na TVCom Maceió: sábados, às 10h30, com reprise aos domingos (às 10h), no canal 12 da NET.
Na TV Floripa: sábados, às 13h30, com reprise ao longo da programação, no canal 12 da NET.
Na TVU Recife: sábados, às 12h30, com reprise às terça-feira (às 21h), no canal 40 UHF digital.
Na TVE Bahia: sábados, às 12h30, com reprise quinta-feira (às 7h30), no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital.
Na UnBTV: sextas-feiras, às 10h30 e às 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET.
TV UFMA Maranhão: quintas-feiras, às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17.
Sintonize
No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.
O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected]
Edição: Marina Duarte de Souza