A guerra na Palestina motivou atos em São Paulo e no Rio de Janeiro neste domingo (15). Na Avenida Paulista, uma manifestação demonstrou apoio à Palestina. Já na praia de Copacabana, foi em apoio a Israel.
Não há informações sobre a quantidade de presentes nas manifestações.
[SÃO PAULO]
— Instituto Brasil-Palestina (@Ibraspal) October 15, 2023
ATO EM SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO! pic.twitter.com/jXaLCTwzxw
Uma grande marcha em apoio a Israel em Copacabana, no Rio de Janeiro. 🇧🇷🇮🇱
— Israel no Brasil (@IsraelinBrazil) October 15, 2023
Obrigado aos cariocas e brasileiros por apoiarem Israel e seu direito de se defender após os horríveis ataques terroristas.
🇧🇷🇮🇱#obrigadabrasileiros #apoioaisraelriodejaneiro pic.twitter.com/mHrWTOtjzh
Também no domingo, às 7h (horário de Brasília), terminou o novo prazo dado por Israel para que civis palestinos evacuassem o norte da Faixa de Gaza. Com isso, aumenta o temor de que tropas israelenses façam uma invasão terrestre do território sob controle palestino.
:: Caminhões refrigerados para transporte de sorvete são usados para armazenar corpos em Gaza ::
Desde o início do conflito, mais de 4 mil pessoas morreram. Foram mais de 2,6 mil em Gaza, segundo balanço palestino; e outras 1,4 mil em Israel, de acordo com autoridades locais. O número de mortos é o maior em Gaza em toda a história. Também é o pior em mais de 50 anos no lado israelense.
Israel já lançou cerca de 6 mil bombas na Faixa de Gaza em uma semana. Em média, houve uma explosão a cada 2 minutos de confronto.
Bombardeios israelenses atingiram hospitais, campos de refugiados, prédios residenciais, veículos de imprensa e universidades. Ao menos sete jornalistas já morreram em Gaza.
:: Prazo dado por Israel para evacuação de norte de Gaza acaba; confronto já é o mais mortal ::
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina estima que 1 milhão de palestinos foram obrigados a deixar suas casas.
Resgate de brasileiros
Na madrugada deste domingo, chegou ao Brasil o quinto voo da operação do governo federal para resgate de brasileiros na área do confronto. O pouso ocorreu por volta das 1h45, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.
Estavam a bordo 215 brasileiros, sendo nove bebês de colo. Eles embarcaram em Tel Aviv, em Israel, no sábado.
Nesta primeira fase da operação já são 916 pessoas resgatadas.
A Presidência da República também destacou um avião para resgatar o grupo de brasileiros que está no lado palestino do confronto. O avião continua em Roma, na Itália, esperando autorização de autoridades egípcias para ir ao Egito.
No sábado, um grupo com 16 brasileiros iniciou o deslocamento para cruzar a fronteira. Eles estavam abrigados na escola católica Rosary Sisters, no norte de Gaza, e seguiram num ônibus fretado pelo governo brasileiro para Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza. Lá, se juntaram a um outro grupo de cerca de dez brasileiros que têm interesse na repatriação.
Também no sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou e articulou com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, o apoio à retirada de brasileiros que estão tentando deixar a Faixa de Gaza. Quando estiverem no Egito, os brasileiros seguirão para o aeroporto que ainda será definido para o traslado final do grupo para o Brasil.
"Os brasileiros que estavam em Gaza conseguiram sair da zona de conflito e chegaram a Khan Yunis, posto de fronteira com o Egito. Agora, vamos esperar que essa fronteira abra. Assim que abrir, imediatamente a gente consegue fazer o nosso pessoal cruzar. Mas, graças a Deus, eles estão longe da parte mais intensa dos bombardeios, que é a parte horte", afirmou o embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia.
Edição: Raquel Setz