Centenas de venezuelanos foram às ruas de Caracas nesta quinta-feira (26) para manifestar apoio à Palestina contra as ofensivas de Israel à Faixa de Gaza. Diversos movimentos populares, sindicatos e partidos políticos participaram do ato que se concentrou no centro da capital venezuelana.
Além de setores políticos ligados ao campo da esquerda, também estiveram presentes o deputado e vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, e o chefe de gabinete da prefeitura da capital, Nahum Fernández, que manifestou apoio do governo local à causa.
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"As condições do povo palestino são extremamente adversas, então vamos marchar pedindo o fim desse genocídio, pois o que o sionismo propõe é uma limpeza étnica contra os palestinos", disse.
Essa é a terceira mobilização que ocorre na Venezuela desde o início da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza no dia 7 de outubro. A primeira ocorreu no último dia 12, quando movimentos de esquerda e entidades em defesa dos direitos humanos se reuniram na Praça Bolívar do centro de Caracas.
Na ocasião, esteve presente o embaixador palestino na Venezuela, Fadi Alzaben, que alertou para a necessidade de aportes humanitários de outros países à população em Gaza. "Estamos presenciando um genocídio que deve ser denunciado, por isso a nossa marcha é uma demonstração de rechaço ao que está ocorrendo na Palestina", disse à agência Efe.
Além disso, o representante diplomático afirmou que "as intenções de Israel são levar a Faixa de Gaza à idade média, cortando fornecimento de água, luz, combustível, remédios e fechando todas as possibilidades de corredores humanitários".
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Já no último dia 21 de outubro, centenas de pessoas se concentraram na Praça Altamira, zona leste de Caracas, e marcharam em direção à sede da ONU na Venezuela para exigir a promoção de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Desde o início das hostilidades, o governo do presidente Nicolás Maduro vem se posicionando contra os ataques israelenses e apoiando propostas de cessar-fogo na região. Na última quarta-feira (18), 30 toneladas de ajuda humanitária enviada pela Venezuela chegaram ao Egito e esperam a liberação para seguirem à Gaza.
Edição: Leandro Melito