Mussum tinha consciência periférica e eu também tenho
Mais de 20 anos de Os Trapalhões em TV aberta, dezenas de filmes lançados e recordes de audiência nessas duas plataformas são pouco para dar a dimensão da carreira de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum.
Fundador dos Originais do Samba, o humorista atuou firmemente na construção do samba como identidade nacional, protagonizando apresentações históricas com Elza Soares, Jorge Ben Jor e Baden Powell.
E mesmo assim, isso ainda não é suficiente para dar a dimensão da trajetória do multiartista nacional.
"Dentro dessa estrutura de país racista que enfrentamos, Mussum, sim, para nós homens negros, mulheres negras, pessoas que se leem como pessoas pardas, é um herói", define o ator Ailton Graça, que protagoniza Mussum no filme biográfico lançado neste mês e que segue em cartaz por todo país.
Em entrevista ao programa Bem Viver desta segunda-feira (13), Graça cita a importância de um "homem negro ter ocupado, durante 25 anos, a TV brasileira e os lares" de diversas famílias, de distintos aspectos sociais.
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"Em um período pós ditadura militar, ele ocupou esse lugar de estar ali o tempo todo dialogando, conversando com o nosso povo, nos lares, e fazendo humor, ajudando que as pessoas se habituassem a ver durante 25 anos e 40 filmes um homem negro fazendo humor".
Mussum, o Filmis estreou no cinema nacional com muita expectativa. O longa que conta a trajetória do artista recebeu seis premiações no Festival de Cinema de Gramado: melhor ator (Aílton Graça), ator coadjuvante (Yuri Marçal), atriz coadjuvante (Neusa Borges), direção (Silvio Guindane), trilha sonora, além, é claro, melhor filme para o júri popular.
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A escolha do protagonista não poderia ser mais precisa. Aílton Graça e Mussum, embora de cidades diferentes, têm trajetórias artísticas, familiares e de origem muito semelhantes.
"Mussum tinha uma coisa muito interessante para a minha construção artística, que era a relação com o samba", afirma o protagonista.
Apaixonado pela música, Aílton Graça assumiu, em 2019, a presidência da Sociedade Recreativa Beneficente e Esportiva Lavapés Pirata Negro, considera a escola de samba mais antiga de São Paulo ainda em atividade.
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Confira abaixo a entrevista na íntegra.
Qual foi a influência d’Os Trapalhões na sua vida?
Cara, eu tive muita, eu tive muita referência deles. Pouca gente sabe, mas eu sou também artista circense, eu fui formado no circo-escola Picadeiro. Eu exerci a função de palhaço trapezista e estava começando a estudar para me tornar atirador de faca.
Então, a história do palhaço sempre esteve na minha vida. Eu comecei a fazer teatro de uma forma mais profissional a partir de 1982. E neste período eu tinha muita aula de clown com a Cida Almeida, considerada uma das mestras de palhaço aqui em São Paulo.
Depois eu dei continuidade nesse curso com a Betty Dorgan, que também é outra mestra de clown aqui em São Paulo. E nesse início de trabalho com a Cida Almeida, a gente visitou muitos clowns que tinha um pouco dessa questão de um trabalho mais ingênuo na sua construção.
Então o Gordo e o Magro, Abbott e Costello, Groucho Marx... eu passei por um monte deles, mas a gente chegou nos palhaços brasileiros.
E os palhaços brasileiros sempre me fascinaram, sobretudo, a história do primeiro palhaço brasileiro, que é o Benjamin de Oliveira, que é um palhaço negro. O primeiro palhaço brasileiro foi um palhaço negro.
E dentro dessa história dos palhaços, das figuras que trabalhavam com humor, passei também pelo Grande Otelo, e a figura mais conhecida depois do Grande Otelo foi o Mussum.
Então eu precisava dessa referência para poder dar continuidade à minha pesquisa e à minha elaboração como palhaço.
E dentro do quarteto tinha ali o paulistinha, o ceará, o mineirinho e o que possivelmente seria o carioca, que era o Mussum. Só que o Mussum, no trabalho [dele], dentro do trabalho físico, do trabalho histriônico, eu acho que ele rompeu, ele passou a ser depois do palhaço da Mangueira e depois passou a ser uma referência periférica. Tinha uma construção clownesca, periférica, muito peculiar e conhecida de todos nós. Todos nós já esbarramos com alguma pessoa daquele jeito.
E eu sempre tive muita relação com Os Trapalhões. Não tinha como, sete horas da noite, antes do Fantástico, todo mundo corria para ver Os Trapalhões. Eu era uma daquelas pessoas que corria para ver aquele humor, que era maravilhoso de ver como eles construíram, como Renato Aragão liderava aquela equipe, aquela trupe de quatro palhaços que faziam uma construção que preenchia nossas horas. De ver como as gags, matematicamente, resultavam no riso fácil de quem assistia.
Então, eu sempre fui muito apaixonado pelo quarteto, pela história d'Os Trapalhões, pela história do povo brasileiro, com o Grande Otelo e o Mussum coroou isso durante muito tempo.
E o Mussum tinha uma coisa muito interessante para a minha construção artística, que era a relação com o samba. Então, somava muita coisa dentro da minha esfera de pesquisa e de necessidade artística.
A gente tem percebido que uma das principais reações do público ao ver o filme é ficar impressionado que Mussum, também, foi sambista. Muita gente não sabia que, por exemplo, ele integrou o Originais do Samba. A que você atribui essa invisibilização da arte do Mussum? Na sua opinião, o racismo fez com que o público não pudesse conhecer esse artista múltiplo que foi Mussum?
Eu não acho, eu tenho certeza que o racismo fez isso. Assim como fez com Carolina Maria de Jesus, assim como fez embranquecendo Machado de Assis, assim como fez Esperança Garcia, com tanta gente bacana, com tanta gente que ajudou a construir a nossa nação.
De uma certa forma, o racismo estrutural invisibiliza e não dá legitimidade a essas figuras que estão construindo e colaboraram muito na construção da nação.
Mas é um racismo que ele tem sua origem em vários outros pontos que a gente precisa de estudo. A gente precisa da lei 10.639 nas escolas para que as escolas possam também divulgar e para que faça parte da formação curricular dos estudantes a história das pessoas pretas que construíram o mundo.
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Estou falando com você agora numa ferramenta que é um celular que foi inventado por uma mulher preta. Como é que as pessoas vão saber disso se essa parte da história não é contada. Por isso o preenchimento curricular a partir das da lei 10.639 é tão importante. Assim como na Alemanha hoje tem um programa chamado Retomado de Consciência, que é essa retomada de consciência para os jovens que estão ingressando na escola para que eles saibam que a Alemanha foi responsável pelo Holocausto.
Então a questão dessa lei é para poder trazer as pessoas de volta ao Brasil. O Brasil sobretudo foi o último país a abolir a escravidão, e aboliu de uma forma romanciada. Então até hoje não houve uma questão reparatória. As questões reparatória passaram por um lugar muito ruim, elas precisam passar por questões de política públicas
E para que isso aconteça é óbvio que a gente tem que mudar o nosso Senado, mudar os nossos deputados, vereadores, e por aí vai.
Então, dentro dessa estrutura racista, Mussum sim, para nós, para nós homens negros, mulheres negras, pessoas que se leem como pessoas pardas, um herói, porque ele ocupou durante 25 anos a TV brasileira e os lares.
Ele num período pós ditadura militar, ocupou esse lugar de estar ali o tempo todo dialogando, conversando com o nosso povo, nos lares, e fazendo humor, ajudando que as pessoas se abituassem a ver durante 25 anos e 40 filmes um homem negro fazendo humor.
Então, ele, Grande Otelo, dona Ruth de Souza, Léa Garcia, que nos abandonou no meio do festival [de Cinema de Gramado], que virou encantada, todas essas figuras, elas precisam, sim, ser visitadas pelo cinema, por livros, por outras questões, não só no mês de novembro, tá? Não só no mês de novembro, que é o mês da Consciência Negra.
Elas precisam ser visitadas durante os 365 dias do ano para a gente entender como essas figuras fizeram parte e ajudar na construção deste Brasil que não quer se ver.
A brasilidade, a construção da nossa brasilidade passa muito mais pelo samba, pelo jeito, pela malemolência, pela malemolência do Mussum, pela questão física, do que a gente possa imaginar.
O filme retrata bem como Mussum viveu grandes dilemas na vida dele por ter que se dividir entre o samba e o humor. Você, Aílton, também enfrentou essas questões? Afinal, além desse ator consagrado, você também se dedica ao samba, como, por exemplo, quando assumiu a presidência da Escola Lavapés Pirata Negro. Você passa por esse dilema, então?
Muitos, muitos, muitos dilemas. A gente passa por muitos dilemas e eu me deixo ser guiado pela pelas minhas orientações. Eu sou de religião de matriz africana.
Hoje eu não tenho a minha mãe que fazia essa função da dona Malvina [mãe de Mussum] que alertava para ele [Mussum] o que que ele tinha que fazer, as escolhas.
Minha mãe e meu paizinho sempre ocuparam um lugar de proteção. Então meu pai me incentivou muito a fazer concurso público. Eu fiz concurso público para poder estar num lugar seguro.
Quando meu pai pedia para estudar, para eu me tornar um advogado, para entrar dentro do serviço público… eram vários caminhos de proteção, para que eu estivesse nesses lugares seguros, né? Não oferecesse o risco de eu não conseguir chegar aos 25 anos.
Eu sou nascido de um lugar periférico. A minha construção de cidadão também é muito parecida com o lugar da dona Malvina. Eu nasci numa região em São Paulo chamada Buraco do Sapo. Eu fui criado naquele lugar chamada Buraco do Sapo, onde a ladeira também era barro, assim como tantos brasileiros que passam pelo mesmo, pelo mesmo histórico de vida.
E eu me permiti ser chamado pela arte, assim como o Mussum. Ele sempre soube intuitivamente que ele era artista. Então mesmo ele passando pela aeronáutica, que era um lugar muito bacana, que deu para ele uma instrução, que permitiu que ele participasse da sociedade letrada, se tornasse acadêmico, enfim…
Mas aquilo era pouco. Era pouco. Ele tinha consciência periférica e eu também tenho.
A Escola de Samba Lavapés Pirata Negro está localizada hoje numa periferia aqui de São Paulo, no Jabaquara num lugar chamado Vila do Encontro. É neste lugar, onde eu trabalhei como feirante, na lotação, onde eu trabalhei como engraxate.
Então, é nesse lugar que eu quero dialogar com as pessoas, para que outros jovens - na verdade, eu não sou tão jovem - para que jovens pretos e pretas, olhem para mim e fala,, caramba, o Ailton fez tudo isso e voltou para o seu lugar. Para, sei lá, de alguma forma servir como um espelho, para que as pessoas possam seguir os seus estímulos também.
Vocês pensaram em reeditar Os Trapalhões?
A gente ventilou sobre isso, sabia? A nossa equipe chegou até a ventilar uma ideia de fazer uma hora o especial d’Os Trapalhões para homenageá-los.
E essa homenagem seria também revisitada por uma série de coisas, porque eu sempre achei e acho até hoje que o Renato Aragão é um gênio, eu acho ele um gênio.
Ele fez uma coisa gigante e eu tenho certeza que se ele estiver nos auxiliando, dentro das pautas atuais, esses novos Trapalhões iria explodir dentro da teledramaturgia.
Com as pautas que a gente tem, de letramento racial, de piadas que poderiam ser revisitadas e reconstruídas com esse enfoque de respeito e incluindo as camadas LGBTQAI + dentro dessa esfera, desse humor.
Então, existem pautas bacanas que eu acho, que, assim como o Embrulha para a Viagem e o Porta dos Fundos, eu sei que Os Trapalhões iam fazer muito sucesso.
As ferramentas são novas, tanto dentro da TV quanto da internet, eu tenho certeza que o Renato [Aragão] faria coisas maravilhosas.
E o Aílton Graça estaria junto, né?
Eu queria estar junto, é óbvio que eu quero dar junto.
Uma pergunta que o filme desperta é se faltou alguma coisa para Mussum conquistar.
Cara, eu vou falar do meu ponto de vista, tá? Eu acho que ele tudo que ele não conquistou, ele vai conquistar com esse filme, entendeu?
Isso é porque ele não parou, essencialmente, ele está nesse filme. E eu acho que o número, o volume de pessoas que estão indo ao cinema e sobretudo agora que chegou o quinto dia útil, eu tenho certeza que os próximos finais de semana vão ser uma coisa gigante.
As famílias estão se organizando, sobretudo as famílias periféricas, as famílias vindas de subúrbio, elas estão se organizando para ir celebrar esse ícone do humor que é o Mussum.
E como é que elas vão se celebrar? Indo em conjunto com as famílias, o jovem que não sabe quem é Os Trapalhões, que não sabe quem é o Mussum, vai conhecer o Mussum, vai vai ser apresentado ao Mussum através do olhar da avó, da mãe, do tio, do papai.
Então eles estão indo em família, em trupe, assim como a trupe d’Os Trapalhões. E eu acho que isso vai ser algo nunca antes visto. Portanto o Mussum está de volta.
E sobre os rumos da Escola Lavapés Pirata Negro
Boa! Quero aproveitar pra convidar todo mundo para vir conhecer a Escola Lavapés Pirata Negro que está aberto a todo público e cheio de atrações. Aqui não é só uma escola de samba, é uma escola gastronômica, cultural, cinema onde falamos sobre letramento antirracistas, diversos cursos rolando, enfim.
É a escola de samba, em atividade, mais antiga de São Paulo, ela vai fazer 87 aninhos, tá aqui no Jabaquara.
E estamos trabalhando para melhorar, fazer alguns reparos, na estátua da Madrinha Eunice, a fundadora da Escola. Estamos em contato com os familiares, também com grupos políticos que vão nos ajudar a fazer um reparo ali, para que a Madrinha Eunice seja vista, do ponto de vista que ela merece.
Vamos levantar um pouquinho mais a estátua, preparar algumas coisinhas ali, preparar QR code, preparar uma plaquinha também, onde as pessoas possam ler e saber quem foi essa mulher pioneira que em 9 de fevereiro de 1937 criou a Escola de Samba Lavapés Pirata Negro. Ela, hoje, continua forte e seguindo todo o teu destino.
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Edição: Thalita Pires