As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), informaram na noite de terça-feira (14) que invadiram o Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. Segundo Israel, o Hamas usa o hospital com fins militares. O Hamas nega acusação.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou na manhã desta quarta-feira (15) estar "profundamente preocupado" com a ação de Israel. Em postagem no X, antigo Twitter, disse ter perdido contato com a equipe de saúde do hospital. Disse estar preocupado com a saúde dos pacientes do local.
Reports of military incursion into Al-Shifa hospital are deeply concerning.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) November 15, 2023
We’ve lost touch again with health personnel at the hospital.
We’re extremely worried for their and their patients’ safety.
A IDF, por sua vez, declarou também em postagem no X, que sua operação no hospital conta com times médicos e com pessoas que falam árabe preparados para atuar no local e não causar danos a civis.
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Israel disse que seu alvo é uma área específica do hospital. Declarou também que alertou autoridades palestinas sobre a invasão horas antes.
🔴 Operational Update:
— Israel Defense Forces (@IDF) November 15, 2023
IDF forces are carrying out a precise and targeted operation against Hamas in a specified area in the Shifa Hospital, based on intelligence information and an operational necessity.
The IDF is conducting a ground operation in Gaza to defeat Hamas and…
O chefe humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, se disse chocado com a invasão militar de Israel ao hospital. Pediu proteção a recém-nascidos, pacientes e equipe médica. "Hospitais não são campos de batalha", resumiu.
I'm appalled by reports of military raids in Al Shifa hospital in #Gaza.
— Martin Griffiths (@UNReliefChief) November 15, 2023
The protection of newborns, patients, medical staff and all civilians must override all other concerns.
Hospitals are not battlegrounds.
Guerra
Israel declarou guerra contra o Hamas após o grupo islâmico deflagrar, há um mês, o mais ousado ataque contra o território israelense em décadas, atingindo civis e militares, por terra e ar.
A ofensiva do Hamas provocou uma severa reação militar de Israel, que passou a bombardear ininterruptamente a Faixa de Gaza – um estreito pedaço de terra de 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, banhada pelo Mar Mediterrâneo, onde vivem cerca de 2,2 milhões de palestinos.
Israel vem sendo acusado de atacar deliberadamente ambulância e hospitais de Gaza. Suas forças armadas dizem que isso acontece porque o Hamas usa unidades de saúde e civis palestinos como escudos humanos. O Hamas nega.
Edição: Nicolau Soares