Oriente Médio

ONU aprova resolução que determina pausa humanitária nos ataques em Gaza; Israel nega acordo

Doze nações concordaram com o texto, que teve abstenções de Estados Unidos, Reino Unido e Rússia

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Texto pede garantias para a entrada de ajuda humanitária no território palestino - © SAID KHATIB / AFP

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma proposta que pede pausa humanitária nos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza e retomada de serviços essenciais no território. No documento, a comunidade internacional também demanda a liberação imediata de reféns sequestrados pelo Hamas. O texto foi endossado por 12 nações. Estados Unidos, Reino Unido e Rússia se abstiveram. 

De acordo com agências de notícias internacionais, o Ministério das Relações Exteriores de Israel emitiu um comunicado rejeitando a resolução da ONU.  

O embaixador de Israel na organização, Gilad Erdan, afirmou que o texto é "desconectado da realidade”, e os ataques continuarão “até que o Hamas seja destruído e os reféns sejam libertados.” 

O que diz a resolução 

Além do cessar-fogo humanitário e da liberação dos reféns, o documento cita os efeitos “desproporcionais” do confronto para as crianças palestinas e pede corredores humanitários para a entrada de ajuda em Gaza. 

A resolução define que crianças doentes ou feridas devem ser retiradas da região e que é preciso implementar esforços para busca e resgate de pessoas desaparecidas. O texto cobra ainda o cumprimento das leis internacionais por "todas as partes do conflito”. 

Outra determinação é de as partes envolvidas na guerra não podem privar a população do território palestino de serviços básicos. Itens essenciais como comida, água, insumos médicos, eletricidade e combustível devem ser garantidos para a população que está no território. 

 

Edição: Rodrigo Chagas