A seleção venezuelana de futebol conseguiu retornar à Venezuela na noite desta quarta-feira (22) após a aeronave que transportava os jogadores ser impedida de decolar em Lima, no Peru.
A situação foi denunciada pelo ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, e pela Federação Venezuelana de Futebol, que afirmaram que autoridades peruana impediam o abastecimento do avião.
Já a Chancelaria do Peru negou qualquer ação do governo para bloquear a aeronave e culpou "restrições de abastecimento de índole mercantil privada".
::O que está acontecendo na Venezuela::
Após horas de bloqueio, o avião finalmente pôde ter acesso a combustível e levantar voo, aterrissando no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Caracas, às 20h do horário local (21h do horário de Brasília).
Ao desembarcarem, os jogadores venezuelanos foram recebidos por centenas de torcedores que celebravam a liberação e o resultado conquistado em Lima. A seleção venezuelana empatou com o Peru em 1 a 1, placar importante que garantiu à Venezuela o 4º lugar na tabela das Eliminatórias da Copa de 2026.
Na saída do aeroporto, o atacante venezuelano Savarino, ex-Atlético Mineiro e hoje no Real Salt Lake dos EUA, classificou o ocorrido como "uma vergonha" e agradeceu a presença dos torcedores na chegada da equipe.
::EUA anunciam suspensão temporária de sanções contra petróleo e gás da Venezuela::
O ministro do Esporte da Venezuela, Mervin Maldonado, também esteve no aeroporto para receber os membros da seleção e afirmou que a liberação da equipe precisou de esforços "do nosso embaixador no Peru e da nossa chancelaria".
"Enviamos à FIFA uma reclamação formal através de nossa Federação Venezuelana de Futebol e esperamos que as medidas correspondentes sejam aplicadas", disse.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também criticou a situação vivida pela equipe da Venezuela e classificou o ato como "xenofobia e racismo" contra os venezuelanos. "A oligarquia racista do Peru se lançou contra nossa nobre seleção nacional de futebol, a 'Vinho Tinto'. A Venezuela levanta sua voz para protestar contra a xenofobia, a violência, a agressão contra a seleção venezuelana", disse.
Edição: Rodrigo Durão Coelho