Machismo

América Latina registrou mais de 4 mil casos de feminicídio em 2022

Segundo estudo, realizado em oito países do continente, mais de 70% das vítimas tinham entre 15 e 44 anos de idade

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cartaz nos queremos vivas
Maioria das vítimas de feminicídio na América Latina tem entre 15 e 44 anos, aponta relatório - Créditos da foto: Midia NINJA

No Dia Internacional para o Fim da Violência contra as Mulheres, celebrado em 25 de novembro, os dados atualizados mostram um crescimento acelerado do número de feminicídios na América Latina e no Caribe.

O Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e Caribe, aponta, em relatório apresentado neste sábado (25), que em 2022 pelo menos 4.050 mulheres foram vítimas de feminicídio na América Latina e no Caribe. O que significa que a cada duas horas uma mulher morria vítima de violência de gênero.

Os dados foram analisados a partir de pesquisa em 26 países na região. O levantamento revela que a maioria de vítimas é de de jovens mulheres, de 15 a 44 anos. Esse grupo corresponde a 70% dos casos. Do total, 4% tinham menos de 15 anos; e 8% mais de 60 anos.

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O número de órfãos com o aumento de vítimas cresceu concomitantemente, pelo menos 400 menores de idade perderam seus tutores devido à violência misógina.

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Honduras foi o país registrado com maior número de casos com seis por 100 mil mulheres. Os países El Salvador, República Dominicana e Uruguai também possuem as taxas mais altas.

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Em contrapartida, países como Peru, Porto Rico, Colômbia, Costa Rica, Nicarágua e Chile possuem as taxas mais baixas.

O Observatório da Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe é uma iniciativa criada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), após determinação na X Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe (Consenso de Quito, 2007).

O secretário executivo da Comissão afirmou que a América Latina e o Caribe têm o dever de prevenir e combater todas as formas de violência contra mulheres e meninas.