O Hamas adiou a segunda rodada de libertação de reféns até que Israel libere a entrada de ajuda humanitária no Norte da Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo site Al Jazeera a partir de uma mensagem que a Brigada Izz el-Deen al-Qassam, braço armado do Hamas, teria disparado no Telegram.
Outra fonte do Hamas, no entanto, afirmou à agência AFP que a soltura de 14 reféns israelenses já começou. Mas Israel negou que a libertação esteja ocorrendo.
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Ainda que a informação não seja precisa, o governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu prometeu acabar com o cessar-fogo de quatro dias se o Hamas não retomar as libertações até meia-noite (19h de Brasília). Nesse sábado (25), o ministro da Defesa isralense, Yoav Gallant, disse que as forças de guerra não deixarão o território palestino até a libertação de todos os reféns.
"Quaisquer novas negociações [com o Hamas] se darão sob ataque. Ou seja, se quiserem continuar a discutir o próximo [acordo], será enquanto as bombas caem e as forças estão lutando”, disse.
Até o momento, os combatentes do Hamas soltaram 24 reféns, sendo 13 israelenses, 10 tailandeses e uma pessoa das Filipinas. Em seguida, Israel libertou 39 mulheres e adolescentes palestinos. A expectativa é de que no total, o Hamas liberte 50 reféns em troca de 150 palestinos.
Nesta sexta-feira (24), Osama Hamdan, dirigente do Hamas no Líbano, afirmou que Israel violou os termos do acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros ao matar palestinos que se dirigiram ao Norte de Gaza. "Houve violações ontem e hoje estão se repetindo", afirmou Osama Hamdan ao canal de televisão libanês Al-Mayadeen.
Edição: Geisa Marques