Um agricultor palestino morreu e outro foi ferido num ataque de Israel ao campo de refugiados Maghazi, na região central de Gaza, neste domingo (26). A informação é do Crescente Vermelho Palestino, a Cruz Vermelha local. O ataque israelense ocorreu no terceiro dos quatro dias de vigência do acordo de cessar-fogo assinado entre o governo de Israel e o Hamas.
Israel não se pronunciou sobre o caso. Não se sabe se o ataque deve afetar o plano de libertação de reféns que faz parte do acordo de cessar-fogo. Segundo o canal Al Jazeera, o Hamas vai libertar 13 reféns. Em troca, Israel vai libertar 39 palestinos que estão presos.
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O governo do Egito informou que já recebeu a lista com os nomes dos 13 reféns israelenses que serão libertados. A lista também conteria o nome dos 39 prisioneiros palestinos que devem ser libertados por Israel.
No primeiro dia de cessar-fogo, na sexta-feira (24), 13 reféns israelenses foram libertados pelo Hamas. Depois disso, 39 mulheres e adolescentes palestinos detidos em Israel foram libertados, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Catar, que intermedeia o cessar-fogo.
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Já no sábado (25), foram libertados 13 israelenses e 4 tailandeses, segundo o Exército de Israel. Outros 39 palestinos foram soltos por Israel.
O objetivo da pausa temporária é que 50 reféns do Hamas sejam libertados ao longo de quatro dias, em troca de 150 palestinos que estavam em presídios de Israel, segundo o acordo mediado pelo Catar.
Com a entrada em vigor do acordo, mais caminhões de ajuda humanitária puderam entrar no território palestino e pessoas se sentiram confiantes para sair às ruas no sul de Gaza, após sete semanas de combates e ataques aéreos israelenses. Mesmo assim, houve mortes de inocentes.
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Segundo as estatísticas palestinas, o número de mortos em decorrência do massacre israelense na Faixa de Gaza chegou a 14.854 na quinta-feira (24), incluindo alguns milhares de crianças.
Comunidade internacional
O presidente egípcio, Abdel Fatah El-Sisi, disse na sexta-feira (24) que gostaria que a pausa fosse mais longa, permitindo a liberação de mais reféns e a entrada de mais ajuda em Gaza. “O que está sendo feito agora torna impossível para as pessoas viverem na Faixa de Gaza”, disse em coletiva de imprensa, na qual reiterou que o Egito não permitirá o “deslocamento forçado dos palestinos”.
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O Egito, que faz fronteira com o sul da Faixa de Gaza, tem ocupado papel central no cenário atual, por ser a porta de saída dos civis que deixam a zona de conflito, além de ter históricas relações com Israel e a questão palestina.
O chefe da força de paz da ONU no Líbano, o espanhol Aroldo Lázaro, disse nesta sexta (24) estar “preocupado com a contínua intensificação das trocas de tiros” ao longo da fronteira entre Líbano e Israel. Ele alertou nas redes sociais que uma escalada adicional poderia ter “consequências devastadoras”.
As agressões entre militares de Israel e militantes do grupo Hezbollah já causaram “muitas mortes, causaram danos significativos e prejudicaram meios de subsistência”, acrescentou Lázaro.
Edição: Felipe Mendes