A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador do Acre, Gladson Camelli (PP), por crimes que teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos. O órgão pede o afastamento do governante durante as investigações.
Camelli e outras doze pessoas foram denunciados por cinco crimes: organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Somadas, as penas pelos crimes podem ultrapassar 40 anos de reclusão. Entre os envolvidos, estão a esposa e dois irmãos do governador.
A denúncia e o pedido de afastamento serão analisados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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De acordo com o MPF, a denúncia trata de um dos fatos apurados pela Operação Ptolomeu, da Polícia Federal, que investiga crimes de corrupção no governo do Acre. No caso, trata-se de irregularidades envolvendo a contratação fraudulenta da empresa Murano Construções, que teria pago propinas de mais de R$ 6,1 milhões ao chefe do Executivo, por meio do pagamento de parcelas de um apartamento em bairro nobre de São Paulo e de um carro de luxo.
Ainda segundo a PGR, além desse caso, as investigações reuniram provas de que o esquema se manteve mesmo após o encerramento da contratação da Murano. Foram identificados oito contratos com ilegalidades, e a estimativa é que os prejuízos aos cofres públicos alcancem quase R$ 150 milhões.
Edição: Nicolau Soares