STF e PGR

Senado sabatina Flavio Dino e Paulo Gonet; assista ao vivo

Expectativa é que votações de Dino e Gonet ocorram na CCJ e no plenário do Senado nesta própria quarta-feira (13)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Flavio Dino, durante sabatina no Senado, para vaga no STF - Reprodução / TV Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sabatina na manhã desta quarta-feira (13) os indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Tanto o ministro da Justiça Flávio Dino como o subprocurador Paulo Gonet precisam ter seus nomes aprovados na CCJ e depois no plenário do Senado para assumir os cargos. Tradicionalmente o Senado aceita as indicações da Presidência para os postos. 

A expectativa é que as votações de Dino e Gonet ocorram na CCJ e no plenário do Senado nesta mesma quarta-feira (13), em um esforço concentrado da Casa.

Em sua fala na abertura da sabatina da CCJ para a indicação ao Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino reafirmou seu histórico como juiz federal por doze anos antes de ir para a política para argumentar que sabe a diferença de postura necessária para exercer os papeis de político e de magistrado e fez uma metáfora com a cor das togas utilizadas pelos ministros do Supremo.

"Todos nós que aqui estamos temos cores diferentes. Quando temos campanhas eleitorais, vestimos camisas de diferentes cores. No STF, isso não acontece, todas as togas são da mesma cor, ninguem adapta a toga ao seu sabor, todas as togas são iguais", afirmou Dino.

Ao final de seu discurso ele ainda citou o sermão da montanha, um trecho da Bíblia no qual Jesus fala a seus discípulos, em uma sinalização aos parlamentares evangélicos, que tem feito oposição ao seu nome.


"Aqui estou, portanto, senhoras e senhores, embasado nessa prática concreta, embasado na Constituição Federal e inspirado, sobretudo, por aquilo que eu considero o melhor programa ético já escrito na humanidade, que são as bem-aventuranças, o Sermão da Montanha. Inspirado, portanto, nas bem-aventuranças e no Sermão da Montanha e apoiado nessa experiência prática e na Constituição, respeitosamente e humildemente eu me submeto ao melhor tribunal, que é o julgamento dos meus pares, com muita tranquilidade, com muita confiança e muita homenagem à nossa nação, à qual eu tenho orgulho de servir como servidor público já se vão 34 anos."

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Edição: Vivian Virissimo