Na manhã desta terça-feira (19), uma operação da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) tem como alvo Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia do estado.
De acordo com a PF, o objetivo da operação é desmantelar o núcleo financeiro do grupo paramilitar. Ao todo, foram expedidos outros 12 mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão contra integrantes da organização paramilitar que atua na Zona Oeste.
:: "Termo narcomilícia apaga papel da segurança pública na estrutura miliciana", afirma sociólogo ::
Zinho é considerado foragido desde a primeira fase da Operação Dinastia, deflagrada em agosto do ano passado, no qual 8 pessoas foram presas. Um desdobramento da investigação resultou em buscas na casa da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), conhecida como Lucinha, na última segunda-feira (18).
Ainda segundo as investigações, Lucinha é considerada o braço político da milícia de Zinho, que atua na região de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense. Atualmente a Zona Oeste tem 2,6 milhões de habitantes, o que representa cerca de 41% da população carioca. A região possui 40 bairros e 70% do território total do município.
Núcleo financeiro
Nesta fase da operação, que mira o núcleo financeira da milícia, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) afirma ter identificado "toda estrutura de imposição de taxas ilegais a grandes empresas e pequenos comerciantes locais, bem como as contas correntes beneficiárias de tais cobranças".
"Durante as investigações, foi possível identificar e individualizar os personagens que compõem toda a cadeia de ocultação dos valores provenientes da arrecadação ilegal por parte dos paramilitares", afirma a PF. Até o fechamento desta reportagem cinco pessoas haviam sido presas, e Zinho ainda era procurado.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Clívia Mesquita