Um terremoto de alta magnitude atingiu as províncias de Gansu e Qinghai, no noroeste da China, na madrugada desta segunda-feira (18) e deixou dezenas de mortos e centenas de feridos.
O Centro de Redes de Terremotos da China informou que o tremor começou à meia-noite (13h no horário de Brasília) e registrou a medição de 6,2, considerada alta já que o planeta nunca superou a magnitude de 9,5 na escala Richter.
Ainda segundo a entidade, o epicentro foi determinado na vila de Liugou, a cerca de 1,6 mil km de distância da capital chinesa, Pequim.
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Até a manhã desta terça-feira (19,) o número total de vítimas havia subido para 126 pessoas e a quantidade de feridos é estimada em mais de 700 pessoas.
O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta terça-feira que as buscas por sobreviventes sejam intensificadas e que os atingidos sejam atendidos o mais depressa possível. Há mais de 4 mil socorristas e 140 equipes médicas trabalhando no local, mas as baixas temperaturas dificultam as buscas e os atendimentos, já que algumas regiões das províncias afetadas registram -16ºC.
"Todos os nossos sete prédios desabaram", disse à agência estatal Xinhua Shi Lizhen, funcionária do Hospital de Medicina Tradicional Chinesa e Ocidental Integrada em Jishishan, em Gansu. As equipes do centro médico estão atendendo pacientes em estruturas improvisadas montadas nas estradas da cidade.
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Mais de 5 mil residências particulares foram afetadas e várias localidades tiveram o abastecimento de água e eletricidade interrompidos.
Na região, habitada por grupos étnicos muçulmanos e comunidades autônomas da etnia Hui, tremores são comuns. Em setembro deste ano, 93 pessoas morreram em um terremoto de 6,8 de magnitude na província de Sichuan, que faz divisa com Qinghai.
Já em 2010, o terremoto de Yushu atingiu amplamente as províncias de Qinghai e Gansu, alcançando magnitude de 6,9 e deixando 2.698 pessoas mortas.
Edição: Rodrigo Durão Coelho