O mundo já lida com as consequências da crise climática. Para enfrentá-la, é necessário planejamento e gestão. Pensando nisso, a empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) está realizando diversos seminários temáticos sobre neoindustrialização brasileira, para garantir a modernização compromissada com o meio-ambiente.
Na última terça-feira (16), o evento debateu temas como as mudanças climáticas; o desafio de conter a elevação da temperatura do planeta; a transição energética justa e acessível aos países emergentes; os compromissos assumidos pelo Brasil na COP 28; as fontes renováveis e limpas que dominamos; as vantagens nacionais para produzir desenvolvimento sustentável e com inclusão social; o desenvolvimento regional brasileiro; e a economia descarbonizada.
Os seminários são uma preparação para a 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece em junho deste ano e vai traçar estratégias da ciência no Brasil para os próximos anos.
“O que nós estamos fazendo agora nesses meses é um conjunto de 11 encontros com especialistas na área da indústria, na área do hidrogênio, das energias, preservação ambiental para indicar caminhos em que a 5ª Conferência Nacional irá deliberar para a estratégia nacional”, detalha o presidente da Finep, Celso Pansera.
"Vamos recolocar o Brasil como uma economia industrial relevante no mundo, mas também considerando a questão da sustentabilidade como eixo fundamental, como tem dito o presidente Lula."
Para o pesquisador e chefe de gabinete da presidência da Finep, Fernando Peregrino, a organização assumiu essa responsabilidade por conta da sua credibilidade com anos de trabalho.
“Esses temários que nós estamos abrindo aqui dizem respeito as prioridades da neoindustrialização. Ela não é simplesmente a industrialização de novo no Brasil, mas sim baseada na descarbonização da indústria, no conhecimento, na sustentabilidade, na geração de empregos qualificados", explica Peregrino.
Fernando também pontua que um dos maiores objetivos da Finep é levar esse debate para toda a população: “Nós não queremos só os intelectuais aqui, queremos os melhores intelectuais que nós estamos trazendo nestas áreas, como também a sociedade através da internet."
"Esse seminário hoje foi assistido por mais de 500 pessoas, então é uma contribuição à democratização da formulação da política de ciências e tecnologia e inovação no Brasil”, finaliza.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister