Os níveis de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governo chefiado por ele seguem estáveis (e favoráveis), segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (23) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O levantamento, realizado em parceria com o Instituto MDA, mostra que não houve oscilações em relação aos índices apresentados em setembro do ano passado.
Segundo a pesquisa, 43% da população considera que o governo é "bom" ou "ótimo", enquanto 28% avalia como "regular" e outros 28% como "ruim" ou "péssimo". Na pesquisa de setembro, feita com a mesma metodologia, esses percentuais eram, respectivamente, de 41%, 30% e 27%.
As variações percentuais ficaram dentro da margem de erro (2,2 pontos percentuais para mais ou para menos). Estatisticamente, portanto, são irrelevantes. Os números foram estabelecidos a partir de 2.002 entrevistas presenciais, feitas entre os dias 18 e 21 de janeiro.
Em outro item do levantamento, os pesquisadores perguntaram se os entrevistados aprovavam o desempenho pessoal de Lula à frente do governo. Cerca de 55% disseram aprovar, 40% afirmaram desaprovar e 5% não responderam. A pesquisa de setembro trouxe percentuais muito próximos: 55%, 39% e 6%, respectivamente.
"O presidente Lula encerra seu primeiro ano de governo com avaliação positiva e mantendo índices favoráveis de avaliação de sua gestão, em especial na economia, saúde, educação e benefícios aos mais pobres. O crescimento da geração de emprego e a queda da inflação projetam um cenário mais positivo para 2024", avaliou o presidente da CNT, Vander Costa.
Melhor que Bolsonaro no primeiro ano
Os 43% de "ótimo" e "bom" na pergunta sobre a avaliação do governo estão acima dos 35% registrados por Jair Bolsonaro (PL) ao fim do primeiro ano de mandato, segundo a CNT e o MDA. O índice é um pouco superior ao registrado pelo próprio governo do Lula em fevereiro 2004, após o primeiro ano de seu primeiro mandato (40%); mas inferior aos 53% de fevereiro de 2008 (após o primeiro ano do segundo mandato).
A avaliação de Lula é mais positiva entre os eleitores do Nordeste (74% de aprovação); aqueles com Ensino Fundamental (71%); os que ganham até 2 salários mínimos (64%) e os católicos (62%).
Por outro lado, o governo tem maior reprovação entre as pessoas com rendimento acima de 5 salários mínimos (52% de desaprovação); entre os evangélicos (51%); os que têm ensino superior (também 51%) e moradores da região Sul do país (50%).
Edição: Matheus Alves de Almeida