O prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD) anunciou a proibição da Feira de Acari, que acontece no bairro da Zona Norte da cidade. O decreto com a medida foi publicado no Diário Oficial do Município desta terça-feira (23). Nas redes sociais, o prefeito afirmou que não é "aceitável" que uma feira "repleta de produtos de origem desconhecida tenha seu funcionamento normalizado na cidade".
O decreto municipal afirma que relatórios de inteligência da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) apontaram a ligação da feira com o tráfico de drogas, roubos de cargas, furto de energia e contrabando. A feira é conhecida pela comercialização de produtos de todos os tipos, entre eles alimentos não perecíveis, animais silvestres e eletrônicos de origem desconhecida e pela metade do preço de mercado.
Na publicação no Diário Oficial, a prefeitura aponta que, segundo um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em 2023, trinta por cento dos roubos de carga registrados no Brasil ocorreram no estado. Ainda de acordo com a Firjan, em 2022, o prejuízo com o crime foi de R$ 390 milhões.
O governador Claudio Castro (PL) autorizou que as polícias Civil e Militar atuem para coibir o funcionamento da Feira de Acari. Uma reunião entre a Polícia Militar e o município deve acontecer nesta quarta (24) para alinhar a estratégia conjunta.
Irregular
A Feira de Acari não tem autorização da prefeitura para funcionar, mas era instalada aos domingos margeando a linha do trem. O local chama atenção pela diversidade de produtos sem procedência: eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos, medicamentos, calçados, venenos para ratos, bem como roupas de lojas de departamento pela metade do preço que consta na etiqueta.
De acordo com a prefeitura, no local da feira ainda há um estacionamento irregular que afeta o trânsito da Avenida Pastor Martin Luther King Jr., a operação dos trens e dificulta a circulação de pedestres pela região.
Além disso, também funcionam quiosques irregulares, barracas de churrasco que operam sem o devido regulamento sanitário, banheiros químicos e food trucks, com mesas espalhadas, que atrapalham a passagem.
*Com informações do portal O Dia
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Clívia Mesquita