João Paulo Nogueira Batista, conselheiro da Braskem e CEO das Lojas Marisa, foi às redes sociais e minimizou os efeitos do crime ambiental cometido pela empresa em Maceió (AL).
“A dita tragédia de Maceió não existiu. Graças a Deus não morreu ninguém. A ação coordenada de todos e a liderança da Braskem evitaram a tragédia. Não perdemos uma vida”, afirmou Batista, em seu perfil no Linkedin.
Após minas de sal-gema, administradas pela Braskem, romperem em Maceió, cinco bairros afundaram na capital alagoana e cerca de 14 mil famílias ficaram desabrigadas. A área está completamente abandonada.
Leia Mais.: O caso Braskem: a importância do jornalismo denunciar as grandes empresas
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Batista afirmou que não quis menosprezar as consequências do crime ambiental da empresa. “Os valores (de indenização) foram acima da média. Há um provisionamento bilionário no balanço para as reparações e transferimos essas pessoas o mais rápido possível para evitar mortes. Tenho orgulho de fazer parte do conselho de administração que liderou todo esse processo”, explicou o conselheiro da Braskem.
A mais recente vítima da Braskem é o complexo lagunar Mundaú-Manguaba, que foi contaminado após o rompimento da mina 18 da mineradora, também em Maceió, em 10 de dezembro de 2023. Com a poluição, as águas serão salinizadas e pode comprometer toda a vida animal da área.
Edição: Monyse Ravena
