MASSACRE PALESTINO

É urgente que EUA parem de apoiar campanha genocida de Israel, diz advogada de processo contra Biden

Caso judicial busca uma ordem de emergência para interromper o apoio dos EUA à guerra de Israel em Gaza

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O presidente dos EUA, Joe Biden - US Secretary of Defense

Organizações palestinas de direitos humanos, juntamente com palestinos em Gaza e nos Estados Unidos, processaram o presidente Joe Biden, o secretário de Estado Antony Blinken e o secretário de Defesa Lloyd Austin por cumplicidade no genocídio em andamento em Gaza. Em 26 de janeiro, um tribunal federal ouviu argumentos no caso “Defense for Children International - Palestine v. Biden”, que busca uma ordem judicial de emergência para interromper o apoio dos EUA à guerra de Israel em Gaza, proibindo a transferência de armas e o apoio incondicional ao estado sionista. 

O caso foi apresentado em nome dos autores pela Center for Constitutional Rights com o escritório de advocacia Van Der Hout, LLP. “Os depoimentos de nossos autores hoje demonstram o quão urgente é para a administração Biden fazer finalmente o que eles e a grande maioria das pessoas do mundo exigiram: parar de enviar armas para permitir a campanha genocida de Israel contra os palestinos sitiados em Gaza e, em vez disso, cumprir seu claro dever legal de acabar, não agravar, o genocídio”, argumentou Katherine Gallagher, advogada sênior da Center for Constitutional Rights, em tribunal no dia 26 de janeiro. 

Os autores do caso incluem as organizações de direitos humanos Defense for Children International - Palestine (DCIP) e Al Haq. Os autores individuais incluem palestinos que ainda residem em Gaza, aqueles que tiveram familiares mortos pelas armas fabricadas nos EUA de Israel, bem como aqueles que foram deslocados de suas casas várias vezes. Esses autores incluem Ahmed Abu Artema, que vive com sua família na área onde Israel instruiu aqueles que vivem no norte de Gaza a saírem por segurança. Em 24 de outubro, Israel matou o filho de 12 anos de Abu Artema em um ataque aéreo. Muitos de seus parentes também foram mortos ou feridos em ataques israelenses. 

“Estes são tempos de genocídio, e precisamos desesperadamente que um tribunal dos EUA intervenha. Muito está em jogo. Hoje, os palestinos falaram ao tribunal e apresentaram um forte argumento sobre por que uma liminar é necessária: estamos esperançosos que o juiz concorde conosco e emita uma ordem em breve”, disse Ayman Nijim, outro autor no caso, durante depoimento em 26 de janeiro. 

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Os especialistas também apresentaram petições de amicus briefs (pareceres de amigos da corte. Esses pareceres são documentos legais apresentados por terceiros que não estão envolvidos em um caso, mas que têm interesse na decisão do tribunal) e declarações no caso, incluindo Josh Paul, ex-funcionário do Departamento de Estado de alto escalão que renunciou em protesto contra a ajuda militar dos EUA a Israel, assim como William Schabas, especialista global em genocídio, e a principal organização no movimento de solidariedade com a Palestina, Jewish Voice for Peace. 

Dr. Barry Trachtenberg, estudioso do genocídio e do Holocausto, também testemunhou, dizendo: “O ataque de Israel a Gaza foi financiado pelo povo americano, lutando com armas fornecidas pelos EUA e incentivado pela cumplicidade da Casa Branca… Ao contrário dos genocídios passados, julgados muito após de terem sido concluídos, temos a oportunidade de parar este. Os palestinos já sofreram muito e por muito tempo”. 

Os autores esperam que a audiência resulte em “uma liminar para interromper o fluxo de armas para o genocídio de Israel”, disse Gallagher.