Continuam na cadeia, em Brasília (DF), os presos na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão na quinta (8) e chegou a nomes envolvidos na tentativa de golpe orquestrada em 8 de janeiro do ano passado. Eles passaram nesta sexta-feira (9) por audiência de custódia na Superintendência Regional da PF, no Distrito Federal, depois da qual a Justiça decidiu pela manutenção das prisões.
Os encarcerados são dois ex-assessores da Presidência da República no governo Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara, o militar Rafael Martins e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido de Jair Bolsonaro. A operação em questão cumpriu 33 mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.
As diligências da polícia aconteceram nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. No caso de Valdemar Costa Neto, que se encontrava em Brasília, não havia mandado de prisão, mas ele acabou preso em flagrante pelos agentes por possuir ilegalmente uma arma de fogo e ainda por estar com uma pepita de ouro. Uma perícia preliminar da PF identificou, na sequência, que a pepita é proveniente de garimpo ilegal e avaliada em cerca de R$ 12 mil.
A investigação da PF tenta, desde o ano passado, elucidar a trama dos ataques extremistas que atingiram as sedes dos Três Poderes, na capital federal. O trabalho envolve a busca pela identificação de executores, financiadores, mentores e outros nomes que possam ter relação com os crimes. Segundo dados do STF, ao longo de 2023, mais de 1.400 pessoas foram presas por ligação com os atentados.
Edição: Matheus Alves de Almeida