saúde pública

Sindicato dos Enfermeiros do RS critica decreto de prefeito de Farroupilha que dispensa vacina contra covid para matrícula

Nota considera o movimento contrário à ciência, aos dados epidemiológicos e às determinações federal e estadual

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Além de prefeito da cidade da Serra Gaúcha, o empresário Fabiano Feltrin também é cover de Elvis Presley - Divulgação/ Prefeitura de Farroupilha

O Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs) divulgou nota em repúdio à dispensa da obrigatoriedade de apresentação de atestado de vacinação contra a covid-19 para crianças e adolescentes no ato da matrícula ou rematrícula em escolas de Farroupilha (RS). O prefeito do município da Serra Gaúcha, Fabiano Feltrin (PP), determinou a desobrigação por meio de decreto publicado na última segunda-feira (5).

De acordo com a publicação, que está disponível para consulta no Diário Oficial do Município, “fica dispensada a obrigatoriedade de apresentação de atestado de vacinação com a indicação da aplicação da vacina contra a covid-19, dentre as vacinas obrigatórias à criança ou adolescente, no ato da matrícula ou rematrícula, em estabelecimentos de ensino privados ou públicos, localizados no município de Farroupilha”.

Feltrin, empresário que também é cover de Elvis Presley em sua “vida artística”, atua na contramão das autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul e do Brasil, afirma o Sergs. O sindicato lembra dos 700 mil mortos pela covid-19 durante a epidemia no país, além de alertar para a importância do Programa Nacional de Imunização do Brasil, que é considerado um dos melhores do mundo. "Desestimular uma vacina enfraquece a cobertura vacinal de todo o calendário. Isso é crime!", afirma.

Confira a nota

O Sindicato dos Enfermeiros no RS – SERGS – vem a público repudiar o decreto do prefeito Fabiano Feltrin, de Farroupilha/RS, que dispensa a obrigatoriedade de apresentação de atestado de vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes no ato da matrícula ou rematrícula, em estabelecimentos de ensino públicos ou privados, expedido na última segunda (5).

Este é um movimento contrário a ciência, contrário aos dados epidemiológicos e contrário a determinação Federal e Estadual de manter os calendários vacinais de nossa população atualizado. Principalmente das crianças e jovens que iniciam o ano escolar em ambientes fechados, nem sempre ventilados em que estarão aglomerados por 4 horas ou mais.

Os 700 mil óbitos pela Covid 19 no país parecem não ter sido suficientes para alertar aos gestores municipais da importância da vacina. Nós, trabalhadores de saúde, enfermeiras e enfermeiros, que trabalhamos durante todo o período pandêmico e assistimos óbitos em todas as faixas etárias e uma legião de pessoas com sequelas da Covid 19 até os dias de hoje, somos a favor da ciência, da prevenção de doenças e da promoção de saúde.

Vacinas salvam vidas! Desestimular uma vacina enfraquece a cobertura vacinal de todo o calendário. Isso é crime!!


Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira