Segurança

Colômbia declara 'emergência carcerária' por ataques a guardas

No sábado, um guarda foi morto a tiros; sindicato de agentes penitenciários ameça entrar em greve

AFP | Bogotá (Colômbia) |
Agentes penitenciários têm sido alvo de atentados a tiros na Colômbia - JOAQUIN SARMIENTO / AFP

A autoridade penitenciária colombiana declarou, nesta segunda-feira (12), estado de "emergência carcerária" em todo o país depois de registrar vários ataques contra guardas nas prisões locais, que resultaram na morte de um funcionário, informou o Ministério da Justiça. 

"Acabamos de aprovar por unanimidade na diretoria do Inpec (Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário) a declaração de emergência carcerária", informou à imprensa o ministro da Justiça, Néstor Osuna, que destacou o objetivo da medida de reforçar a segurança nos presídios.

No sábado, um guarda foi morto a tiros por dois homens que andavam de moto em frente à prisão de San Sebastián de Ternera, em Cartagena (norte). 

Outra agressão contra carcereiros foi registrada no município de Jamundí (Valle del Cauca, sudoeste), com número indeterminado de guardas do Inpec feridos, segundo as autoridades. Segundo a mídia local, foi um ataque a tiros.

Além disso, "panfletos com ameaças foram encontrados em diferentes prisões", indicou o ministério em um boletim.

Em resposta aos ataques, um sindicato de funcionários penitenciários ameaçou entrar em greve se não fossem tomadas medidas.

"A emergência carcerária tem dois propósitos: [...] proteger a vida e a integridade dos guardas prisionais e erradicar completamente a extorsão e a corrupção que vem" das prisões, explicou Osuna. 

Uma das primeiras medidas será, segundo o ministro, a designação de "um procurador específico para (investigar) os homicídios contra guardas do Inpec e outro procurador específico para casos de extorsão e corrupção prisional". 

O sistema penitenciário da Colômbia abriga mais de 190 mil reclusos em condições de superlotação grave, segundo dados oficiais.

Edição: AFP