Hoje (16), 18h, acontece, na sede do PT estadual, reunião da militância petista, convocada pelas correntes Democracia Socialista (DS), da deputada federal Carol Dartora; Militância Socialista (MS), do deputado federal Tadeu Veneri; Base Luta, tendência ligada a setores oriundos da igreja; Articulação de Esquerda (AE) e corrente O Trabalho; ao lado de militantes independentes, com o objetivo de reforçar a pauta de candidatura própria do partido na capital.
Como a reportagem do BDF PR tem mostrado recentemente, o cenário eleitoral em Curitiba tem apontado a corrente majoritária do partido, Construindo um Novo Brasil (CNB), da presidente Gleisi Hoffmann, bem como os partidos da Federação (PC do B, PV), indicando o nome de Luciano Ducci (PSB) e barganhando um nome da esquerda como vice – Goura (PDT), Dartora e André Machado (PT) já foram citados nesse período.
Já os dirigentes das cinco tendências do PT que chamam o espaço de hoje defendem a necessidade de candidatura própria, o que deve ser reforçado, uma vez que o nome de Ducci é criticado por ter apoiado o golpe de 2016 e feito uma gestão neoliberal na cidade, em 2012. Está prevista a redação de uma carta de manifesto ao final do encontro desta noite.
Nesse contexto, há ainda os que vetam a participação numa chapa encabeçada por Ducci, e mesmo há aqueles que sugerem não apoio mesmo em eventual segundo turno. Mesmo entre a majoritária do partido, até o momento não houve unanimidade. O próprio deputado federal Zeca Dirceu falou em candidatura própria.
De acordo com fonte do BDF PR, há também encontro marcado para abril, que pode reunir um raio amplo de delegados. A questão é se esse será o espaço de definição ou apenas um ato político, e se o diretório do partido tomará decisão antes. No diretório municipal do PT, prevalece a definição por dois terços dos votos. A avaliação é de que ali a posição da corrente Democracia Socialista (DS) seria decisiva.
De acordo com essa fonte, há também pressão do diretório nacional do PT e também do diretório nacional do PSB para que haja logo uma definição.
Entre militantes ligados às lutas sociais, corre a crítica sobre a necessidade de um projeto programático para Curitiba, que critique as chamadas máfias do transporte público; da coleta e gestão e tratamento de resíduos sólidos; e do capital imobiliário que sufoca o acesso à moradia, entre várias outras questões.
O debate, até o momento, têm se concentrado em nomes, o que é motivo de crítica.