A gravidade do genocídio praticado pelo estado de Israel contra o povo palestino é tema da obra ‘Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista’, novo livro do jornalista Breno Altman, que será lançado nesta terça (5), às 16h30, no auditório 411 do CCHLA-UFPB. Na segunda-feira (4), ele estará em Campina Grande, a partir das 18h, no Centro de extensão José Farias da Nóbrega, na UFCG.
Reprodução / Card Reprodução
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O evento tem apoio de diversos sindicatos e parlamentares do campo da esquerda. Breno Altman, que é judeu, denuncia o massacre contra o povo palestino em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro. Lançado em dezembro do ano passado, o livro de 100 páginas é resultado do acúmulo de debates, entrevistas e análises com especialistas sobre o contexto dessa nova agressão promovida por Israel.
Fundador do site Opera Mundi, Altman vem sofrendo uma série de perseguições, encaradas por ele como censura. O jornalista foi alvo de um inquérito da Polícia Federal, decorrente de uma requisição do procurador Maurício Fabretti, do Ministério Público Federal (MPF), em resposta a uma denúncia da Confederação Israelita do Brasil (Conib). Ele já responde a diversos processos protocolados pela entidade.
A Conib (Confederação Israelita do Brasil – Fundada em 1948) não concorda com as opiniões do jornalista, que critica o sionismo, corrente político-ideológica à qual ele atribui as mais de 30 mil mortes de palestinos, a maioria mulheres, crianças e adolescentes.
Para Altman, seu posicionamento de oposição ao sionismo é similar a ser contra o fascismo ou o nazismo. Ele afirma que sua posição não é antissemita, que é manifestar preconceito e ódio contra os judeus em geral.
"O sionismo não é igual ao judaísmo, ao contrário do que as entidades sionistas e o estado de Israel querem fazer crer. O sionismo é apenas uma corrente político-ideológica surgida no final do século XIX e que, a partir da metade do século XX, se constituiu na corrente majoritária entre os judeus, particularmente no que era a Palestina. Essa corrente tem dois princípios fundamentais: a criação de um estado étnico, que é o estado judeu, o estado de Israel, um estado étnico de supremacia racial; e que esse estado fosse construído na Palestina, terra ancestral dos judeus", diferencia Breno Altman.
Ele complementa chamando para a solidariedade: “Desde que o livro foi lançado eu assumi o compromisso de visitar todas as capitais brasileiras, não apenas para promover o livro, mas porque o livro é um instrumento para a solidariedade a questão palestina, através de palestras, debates e conversas. Então faz parte do meu esforço de amplificar ao máximo a crítica ao regime sionista e à solidariedade à causa Palestina”, conclui
Sobre a obra
Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista é uma obra que nasce no contexto dessa nova agressão promovida pelo governo de Benjamin Netanyahu e preenche a lacuna bibliográfica sobre temas complexos, como as estratégias do sionismo para a perpetuação da violência contra o povo palestino, apontando as diferenças entre judaísmo e sionismo, demonstrando como o sionismo se transformou em uma ideologia racista, colonial e teocrática e colocando como o resultado de anos de conflito foi a construção de um regime de apartheid que oprime o povo palestino de diversas formas.
Fonte: BdF Distrito Federal
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