Nesta quinta (7), mulheres do campo e da cidade, de várias ocupações de Curitiba, região metropolitana, litoral e interior do Paraná, vão se concentrar às 12h, na Praça 19 de dezembro, no centro da capital.
Às 13 horas, partem em marcha até o Palácio das Araucárias, no Centro Cívico, para mesa de negociação agendada para às 14 horas, com vários órgãos do poder público.
No dia seguinte (8), haverá em Curitiba o geral do Dia Internacional da Mulher, puxado pela Frente Feminista de Curitiba, com participação de diversos segmentos, organizações feministas e movimentos populares.
Neste ano, assim como em 2023, foi organizada uma pauta de reivindicação que toca nas condições de vida das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade. E nas demandas mais emergenciais nas áreas de ocupação:
Os principais itens de pauta são:
"1. Despejo Zero com a imediata regularização fundiária de todas as áreas urbanas e rurais, garantindo a permanência das comunidades com respeito ao direito à moradia digna de todas e todos e mantendo os laços sociais e comunitários;
2. A criação, em nível federal, da Diretoria de Mediação e Conciliação de Conflitos Urbanos, que estabeleça mesa de diálogo permanente entre os movimentos populares urbanos e as Prefeituras, Governos estaduais e Governo Federal;
3. Estruturação das cozinhas solidárias nas comunidades urbanas e que sejam fornecidos a elas alimentos produzidos pelas comunidades rurais, por meio dos programas e políticas federais viabilizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), bem como estrutura e remuneração das trabalhadoras e trabalhadores responsáveis;
4. Enfrentamento à violência contra as mulheres por meio de uma campanha educativa coordenada por mulheres nesses territórios;
5. Acesso à energia elétrica equivalente à demanda das comunidades e ocupações;
6. Atendimento a mulheres imigrantes por meio da ampliação dos serviços de saúde, assistência social, educação e segurança pública nos territórios de ocupação;
7. Enquanto pedido emergencial, denunciamos as demolições administrativas que ocorrem no litoral paranaense, especificamente na comunidade do Rio dos Almeida. Solicitamos a imediata paralisação dos despejos;
Dito isso, convocamos todas as mulheres a participar de nossa marcha, por compreender que toda vitória é fruto de luta e organização popular coletiva"
Fonte: BdF Paraná
Edição: Pedro Carrano e Lucas Botelho