Europa

8M na França é marcado pela inclusão do direito ao aborto na Constituição

Em cerimônia, o presidente Emmanuel Macron anunciou que a França quer tonar o aborto um "direito universal"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Manifestante segura um cartaz que diz “meu corpo, minha escolha” durante marcha do Dia Internacional dos Direitos da Mulher, em Bordeaux, sudoeste da França no 8M de 2024 - Christophe ARCHAMBAULT/AFP

A mobilização das mulheres na França nesta sexta-feira (8), Dia Internacional de Luta das Mulheres foi marcada pela conquista de um direito inédito: a garantia ao aborto foi incluída na Constituição do país.

A  "liberdade garantida" ao aborto foi inscrita na Constituição francesa em uma cerimônia solene, aberta ao público nesta sexta-feira (8). A reforma constitucional foi aprovada pelos parlamentares franceses na segunda-feira (4) durante um congresso extraordinário das duas câmaras no Palácio de Versalhes, a oeste de Paris.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na cerimônia que a França quer liderar a ampliação desse direito a nível universal. "Só descansaremos quando for reconhecido em todo o mundo."

A iniciativa francesa de levar o tema para discussão na União Europeia, acontece depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos retirou sua proteção federal para o aborto. Polônia, Hungria e, mais recentemente, a Argentina presidida por Javier Milei são tidos como outros exemplos de países onde esse direito está em perigo.


Manifestação pelo 8 de Março em Bordeaux / AFP

Edição: Rodrigo Durão Coelho