O presidente dos EUA, Joe Biden, fez seu discurso anual sobre o Estado da União ao Congresso na noite desta quinta-feira (08). Entre os principais temas abordados pelo democrata estiveram presentes a promessa de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, mais auxílio militar à Ucrânia e ataques a seu rival nas eleições, o republicano Donald Trump.
Biden prometeu construir um "um porto temporário no Mediterrâneo na costa de Gaza" que possa receber carregamentos de insumos básicos como água, comida e remédios.
"Aos líderes de Israel digo o seguinte: a ajuda humanitária não pode ser uma consideração secundária ou uma moeda de troca. Proteger e salvar vidas inocentes deve ser uma prioridade", disse.
O mandatário ainda falou sobre um possível cessar-fogo, que vem sendo discutido entre Hamas e Israel no Egito. "Temos trabalhado incansavelmente para estabelecer um cessar-fogo imediato que dure pelo menos seis semanas", disse.
"[Esse acordo] traria os reféns de volta para casa, aliviaria a intolerável crise humanitária e criaria uma solução um pouco mais duradoura", afirmou.
Momentos antes da intervenção de Biden, ativistas pró-Palestina se reuniram em Washington e bloquearam o acesso ao Capitólio para exigir das autoridades um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza e que fossem tomadas medidas maiores para interromper os ataques de Israel.
Ao longo do discurso, Biden também atacou o ex-presidente Trump, culpando-o por ter conduzido os Estados Unidos a uma "grave crise econômica e social". Ele também acusou o republicano de "se curvar" ao presidente russo, Vladimir Putin, e afirmou que a liberdade e a democracia estão "sob ataque" nos Estados Unidos.
Biden ainda redobrou os apelos para que o seu país continue a fornecer ajuda à Ucrânia, dizendo que a liberdade e a democracia estão sob ataque "tanto no país como no estrangeiro".
Migração entra na campanha
Embora Biden tenha falado sobre a guerra em Gaza, na Ucrânia e outros temas, o que mais despertou entusiasmo entre apoiadores e opositores foi a migração, que atualmente marca a campanha eleitoral para o pleito marcado para 5 de novembro.
Biden se defendeu dizendo que alcançou "o conjunto de reformas de segurança fronteiriça mais difícil que este país já viu" e aproveitou para atacar declarações xenófobas de Trump.
"Não vou demonizar os migrantes dizendo que estão 'envenenando o sangue do nosso país' e não vou separar famílias", disse.
*Com Efe e Telesur
Edição: Rodrigo Durão Coelho